Casas no Espaço podem ser feitas com um dos materiais mais leves do mundo
Cientistas estão a projetar habitações espaciais com um dos materiais mais fortes, leves e finos do mundo, que é 200 vezes mais resistente que o aço e considerado um dos maiores recursos para aplicações em alta tecnologia.
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Casa Casas espaciais
Especialistas da Universidade de Manchester juntaram-se à empresa de arquitetura Skidmore, Owings & Merrill (SOM) para desenvolver casas espaciais, segundo avança a Universidade, na sua página oficial. E, para isso, os cientistas irão dar uso a um dos materiais mais fortes, leves e finos do mundo, que é 200 vezes mais resistente que o aço e considerado um dos maiores recursos para aplicações em alta tecnologia: O grafeno.
"Projetar uma habitação no espaço apresenta alguns dos maiores desafios", começa por revelar Daniel Inocente, designer sénior da SOM em Nova York. Isto porque "significa criar um ambiente capaz de manter a vida e integrar sistemas de apoio à tripulação", sustenta o designer.
De acordo com a universidade, a equipa acredita que, com as estimativas de que a economia espacial global poderá crescer biliões de dólares em receitas até 2040, a inovação aumentará o nível de preparação tecnológica (TRL) de novos compostos leves usando materiais 2D para aplicações espaciais.
Numa colaboração internacional, Dr. Vivek Koncherry, investigador da Universidade de Manchester, e sua equipa, composta com funcionários do Graphene Engineering Innovation Center (GEIC), estão a criar um protótipo em escala de um habitat espacial com vasos pressurizados projetados para funcionar no Espaço.
Já os arquitetos da SOM, que estão por trás do edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, estão a contribuir com a sua experiência em design e engenharia para a arquitetura dos projetos de casas no espaço.
“Como arquitetos, o nosso papel é combinar e integrar o que há de mais inovador em tecnologias, materiais, métodos e, sobretudo, a experiência humana para projetar ambientes habitados”, acrescenta David Inocente. “A realização de pesquisas a usar grafeno permite-nos testar materiais leves e processos de design que podem melhorar a eficácia de estruturas compostas para aplicações potenciais na Terra e uso futuro no espaço.”
Os cientistas acreditam que, nos próximos cinco a 10 anos, a maioria dos governos poderá querer uma presença permanente no espaço para gerenciar por exemplos, satélites.
“Uma grande barreira para aumentar a escala a tempo de atender a essa procura é a falta de sistemas de manufatura avançados e automatizados para fazer as estruturas especializadas necessárias para viver no espaço”, explicou o Dr. Koncherry.
Assim, o investigador acredita que a solução seja incorporar grafeno para recursos estruturais avançados, como proteção contra radiação, bem como desenvolver e empregar uma nova geração de máquinas robóticas para realizar esse trabalho.
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