Dado o aumento da inflação é previsível que as taxas de juro associadas ao crédito à habitação venham a subir nos próximos tempos, mas será este o momento certo para mudar para a taxa fixa? "Não há uma resposta certa para esta dúvida, porque dependerá de muitas questões", diz o Doutor Finanças. 

"A história mostra que o período de taxa de juro altas na zona euro foi curto. O que significa que nos últimos anos compensou mais ter o crédito associado a taxa variável do que a taxa fixa", explica a empresa especializada em finanças pessoais. 

De acordo com o Doutor Finanças, "é preciso ter em consideração que muitas pessoas acabam por preferir a taxa fixa pela questão da segurança, uma vez que sabem que tendo a taxa 'congelada' sabem ao certo quanto serão os seus encargos mensais, sem surpresas". Contudo, vale recordar que a "taxa fixa é sempre mais elevada do que a taxa variável, o que significa uma prestação mais alta, pelo menos inicialmente". 

Está na altura de mudar para a taxa fixa? 

"É uma questão de compreender o que será mais favorável para si: se prefere a estabilidade e a certeza da taxa fixa pagando mais agora, mas (provavelmente) menos mais tarde; ou se prefere manter-se a pagar menos agora com uma taxa variável, não sabendo se poderá vir a pagar mais caso as taxas de juro aumentem", explica o Doutor Finanças.

A empresa especializada em finanças pessoais recorda que há uma terceira opção: a taxa mista. 

"Esta taxa consiste em fixar uma taxa durante 5, 10 ou 15 anos (o prazo que decidir), e depois do período estabelecido, passar para uma taxa variável.  Ou seja, num primeiro período, a sua prestação mensal não vai oscilar, mas a partir do momento em que se passa a reger-se pela Euribor, o valor pode variar. Esta também é uma opção para quem quer contrair um crédito habitação", refere a empresa especializada em finanças pessoais. 

Leia Também: No final de 2021, portugueses estavam mais (ou menos) endividados?