‘Imortal’. É assim que Gilmário Vemba se vê depois de ter chegado vivo aos 33 anos, em Angola.
O artista angolano apresenta-se em Portugal para apresentar o seu mais recente trabalho a solo, num espetáculo que acontece esta noite.
“Imortal’ são histórias do Gilmário Vemba, que acabam por representar a história de um país. "Em Angola, todos os que nasceram em 1985 já nasceram à beira da morte. Ter conseguido chegar aos 33 anos e conseguir observar uma mudança no país, para mim, passa uma ideia de imortalidade porque as hipóteses de não chegar até aqui eram muitas”, afirma, em entrevista ao Notícias ao Minuto.
O artista sobe ao palco do Teatro Villaret, em Lisboa, completamente sozinho e durante uma hora e meia permitirá ao público presente fazer uma viagem pelos momentos mais marcantes da sua vida. Momentos esses que nem sempre foram fáceis, mas em que o humorista manteve a premissa de que rir é o melhor remédio.
"Nós somos mais saudáveis quando conseguimos olhar para os nossos problemas de uma forma mais engraçada", afirma o humorista, ao mesmo tempo que partilha, com um sorriso de orelha a orelha, o dia em que o avô, acidentalmente, o ia envenenando com petróleo.
São de histórias assim que se faz a vida do humorista que se celebrizou junto do povo português através do grupo Os Tuneza, e que agora chega a solo e com a certeza de que não irá desiludir o público português.
"Acreditem que eu sou mesmo engraçado. Sou um gajo com muita piada, sou muito forte em palco e prometo que se forem ao espetáculo nunca mais vão querer perder um espetáculo meu. Dêem-vos essa oportunidade na vida, até porque a vida é demasiado curta. Não queiram morrer sem ver um espetáculo de Gilmário", afirma o humorista, deixando assim o convite para o espetáculo que em maio regressa a Portugal, mas desta vez, no Porto.