A comprovar este interesse está o facto de, este ano, pela primeira vez, a Embaixada de Itália promover um encontro para apresentar a programação da Festa do Cinema Italiano nos países de língua oficial portuguesa.
"É uma forma de estreitar relações com os países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no setor cultural. É um festival que se realiza há 12 anos em Portugal e mais recentemente chegou a países como Angola, Brasil e Moçambique. Queremos estender a outros países", acrescentou o embaixador, assinalando que o português, "elemento unificador da participação italiana na CPLP",é ensinado em 25 universidades italianas e conta com onze cátedras.
"O Instituto Camões financia 46 cátedras em todo o mundo e onze estão em Itália, o que mostra bem o interesse pela língua", sublinhou o diplomata, apontando a importância do português em vários setores, desde a economia à cultura, passando pela política.
Uberto Vanni d'Archirafi afirmou que "a fama" de Portugal tem crescido a nível internacional, não só em termos do turismo, mas também em termos de desempenho económico, o que tem atraído empresas e cidadãos italianos para o país.
Em 2004 viviam em Portugal cerca de 4000 italianos, um número que tem vindo sempre a aumentar, de forma particularmente expressivo entre 2014 e 2018, quando este número mais do que duplicou, passando de 6.000 para os atuais 13.500.
A Festa do Cinema Italiano estreou-se em Angola em 2013 e deve chegar a Luanda em setembro. Moçambique aderiu à iniciativa em 2014 e vai voltar a acolher o festival em Maputo, este ano, em maio.
A Festa do Cinema Italiano vai também apresentar-se em 16 cidades brasileiras em agosto, entre as quais São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Belém, Goiânia e Recife.