Chegou o primeiro trailer de novo ‘Dune’, a segunda adaptação ao grande ecrã do clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert, desta vez pela mão de Denis Villeneuve, realizador já com provas dadas dentro do género, como ‘Arrival’ ou ‘Blade Runner 2049’.
‘Dune’, que em português será ‘Duna’, é o primeiro de dois filmes, que contam com interpretações de Timothée Chalamet, Javier Bardem, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Jason Momoa, Zendaya, Stellan Skarsgard e Charlotte Rampling, entre outros.
Há muita expectativa em torno desta primeira longa-metragem, baseada no livro homónimo lançado em 1965 e que iniciou não só uma saga de seis livros, mas também um culto entre os fãs de ficção científica e fantasia. “Vendeu milhões de livros, é talvez o maior romance no cânone da ficção científica e ‘Star Wars’ não existiria sem ele”, afirmou o escritor Hari Kunzru, num artigo de opinião escrito para o Guardian, em 2015.
Beyond fear, destiny awaits. Watch the trailer for the highly anticipated #DuneMovie now. pic.twitter.com/UFLJzrpf72
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A obra, que o autor dedica aos ecologistas, é uma das primeiras ‘space operas’ a explorar o tema da ecologia e da sustentabilidade da atmosfera, tendo partido das suas pesquisas como jornalista, completando-a com romance, religião, convulsões políticas, lutas de poder, exploração de classes e - por que não? - minhocas gigantes. Já ontem tinha sido divulgado um teaser, onde Chalamet, na pele de Paul Atreides, recita a 'Litania contra o Medo'.
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Depois de alguns atrasos na edição final, por causa da pandemia, a data de estreia planeada é 18 de dezembro, pelo menos, até novas indicações.
A complexidade de 'Dune'
A história de ‘Dune’ tem lugar num futuro tão distante que não há menção do planeta Terra. Depois de uma “revolta” que levou à extinção das “máquinas pensantes”, a ordem da nova sociedade evoluiu até ficar assente em três eixos: um Imperador galático, apoiado por um conjunto de casas nobres; duas grandes escolas (‘Bene Gesserit’, uma irmandade com poder social e religioso focada no treino das capacidades mentais, e a ‘Spacing Guild’, uma organização de matemáticos puros com monopólio sobre o tráfego espacial e a banca); e a empresa CHOAM, que extrai e controla a ‘spice melange’, conhecido como ‘the spice’, a especiaria retirada das areias do deserto.
Toda a história é centrada em torno desta droga extremamente poderosa, o bem mais valioso do Império, pois não só dá aos humanos maior vitalidade e mais anos de vida como pode também desbloquear poderes de consciencialização aumentada e de presciência em algumas pessoas. Paralelamente, torna as viagens intergaláticas possíveis, o que torna a ‘especiaria’ indispensável à ‘Spacing Guild’ e ao Império - sem ela todo o sistema de transporte e comunicação colapsaria.
A ‘especiaria’ só existe no planeta ‘Arrakis’, o planeta-deserto mais importante do universo, conhecido como ‘Dune’. É o Imperador que controla a CHOAM - juntamente com as casas nobres e com as duas escolas como parceiros silenciosos.
É neste contexto que conhecemos a Casa Atreides, uma das casas nobres, numa altura em que estão a sair do seu planeta de origem, ‘Caladan’, para assumir controlo de ‘Dune’, por ordem do Imperador. Paul Atreides (Chalamet), o único filho do Duque Atreides (Isaac), enfrenta em ‘Arrakis’ desafios muito maiores do que o controlo do poder, num planeta com um clima hostil, sem água, onde as pessoas têm que usar fatos que destilam a humidade corporal para poder ser bebida.
Com uma posição estratégica disputada entre as grandes casas, a família Atreides é alvo de uma gigantesca conspiração - “planos dentro de planos dentro de planos” - e Paul vê-se forçado a refugiar-se no perigoso deserto, onde é recebido pelo povo ‘Fremen’, uma comunidade que vive à margem da sociedade e que não responde perante ninguém. Paul, porém, revela-se muito mais do que o simples herdeiro da Casa Atreides.