"A 'Covid trocada em miúdos' é um livro de autoria britânica que surgiu no início da pandemia e que tem como objetivo principal descomplicar o que entrou na nossa vida de uma forma irreversível e que atinge o nosso quotidiano de uma forma muito forte", afirmou Joana Benzinho, presidente da Afetos com Letras, numa mensagem virtual.
A editora britânica Nosy Crow cedeu os direitos em exclusividade à Afetos com Letras, com o "compromisso de o livro ser de acesso universal e gratuito", explicou Joana Benzinho.
Para já foram impressos 3.000 exemplares do livro, direcionado a crianças entre os 5 e os 10 anos, e a sua distribuição vai ser feito em escolas e bibliotecas na Guiné-Bissau.
O projeto obteve o apoio do Fundo de Pequenos Projetos da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e está integrado na Quinzena dos Direitos Humanos, cujo dia foi assinalado no dia 10.
O embaixador de Portugal, José Caroço, destacou que "as crianças que são verdadeiras esponjas e absorvem tudo o que se passa em seu corredor, podem ser veículos multiplicadores e lembrar aos mais velhos, aos pais e familiares sobre os cuidados a ter".
"É absolutamente importante e fundamental que as crianças hoje, desde muito cedo, saibam, percebam, apreendam e assimilem no fundo como é que devemos lidar com uma pandemia como esta que estamos a enfrentar, precisamente para a superar e vencê-la com sucesso", disse.
O embaixador de Portugal destacou também o trabalho que o Alto Comissariado para a Covid-19 tem estado a fazer na Guiné-Bissau.
Presente na cerimónia esteve também o secretário-geral do Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau, Plácido Cardoso, que considerou que o livro tem um "grande valor pedagógico".
"Este livro representa um esforço complementar aos esforços do alto comissariado para a resposta à covid-19 na Guiné-Bissau", afirmou.
Segundo os dados do Alto Comissariado para a Covid-19, o país registou desde o início da pandemia 2.444 casos positivos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.612.297 mortos resultantes de mais de 72,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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