A história "aborda temas do quotidiano da criança e da construção da identidade. O texto prima pela elegância da linguagem e apresenta uma estrutura adequada à história", afirmou o escritor Afonso Cruz em representação do júri do prémio, citado em comunicado.
O Prémio de Literatura Infantil, criado em 2014 por aquela empresa de retalho, tem um valor monetário de 50 mil euros, a repartir em partes iguais pelos autores do texto e da ilustração. É considerado o prémio literário com o valor mais elevado em Portugal, na área do livro para a infância.
Apurado o vencedor do texto, inicia-se agora a fase do concurso na categoria de ilustração, para escolher quem irá ilustrar este conto infantil.
Raquel Salgueiro, autora de "Assim como tu", tem 48 anos, vive em Castelo de Vide e é livreira e programadora do projeto cultural Cabeçudos, de promoção do livro e da leitura.
Na nota de imprensa sobre o prémio, Raquel Salgueiro explica se inspirou na natureza da paisagem alentejana para escrever este conto para os mais novos.
"Quis escrever uma história simples, sobre pessoas, que fosse transversal e na qual todos pudessem rever-se. Enquanto seres humanos, temos características e passamos por experiências comuns, por isso, encontramos pontos de contacto com a vida de Antónia, a personagem principal", afirmou.
Nesta edição, que contou com mais de dois mil textos submetidos a concurso, o júri atribuiu ainda uma menção honrosa ao conto "O Senhor Alberto", de Mário Augusto Santos.
O júri integrou Afonso Cruz, David Machado, Sara Rodi, Violante Magalhães e Sara Miranda.
A fase de candidaturas para autores submeterem ilustrações ao conto de Raquel Salgueiro decorrerá entre 13 de maio e 01 de julho.
O livro ilustrado, que resulta do trabalho entre os dois vencedores - texto e ilustração - é editado habitualmente no outono.
De acordo com o regulamento, o prémio destina-se a obras inéditas em língua portuguesa, dirigidas a leitores entre os 6 e os 12 anos.
Em edições anteriores, o prémio permitiu a publicação de, entre outros, "Leituras e papas de aveia", de António Martins e Duarte Carolino, "O protesto do lobo mau", de Maria Leitão e Pedro Velho, e "O narciso com pelos no nariz", de Andreia Pereira e Ana Granado.
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