Livro de Rui Miguel Tovar destaca 50 "heróis do desporto" em Portugal
O jornalista Rui Miguel Tovar escreveu destacou 50 desportistas que se evidenciaram em Portugal num livro, que vai ser publicado hoje, e concluiu que há "muitos heróis para a dimensão do país".
© Pixabay
Cultura Rui Miguel Tovar
Habituado a falar e a escrever sobre futebol, sem conhecimentos aprofundados sobre muitas outras modalidades, "foi uma aventura do conhecimento" fazer a pesquisa para 'Os nossos heróis do desporto', com 128 páginas, ilustrações de Andrea Ebert e 25 modalidades representadas.
"Somos um país pequeno, mas conseguimos superar-nos. Essa é a grande lição que eu retenho", salientou, em declarações à agência Lusa, Rui Miguel Tovar.
Além de protagonistas famosos e incontornáveis, o jornalista procurou dar a conhecer a história de outros menos conhecidos, mas que deixaram marca nas suas modalidades, como são os casos de Alexandre Yokochi, na natação, Hugo Chapouto, na patinagem artística, ou Sandra Bastos, árbitra internacional de futebol.
E se vários desportistas que fazem vibrar o público estão entre os escolhidos, nos diferentes recintos, não foram esquecidos muitos, com percursos ímpares, já retirados ou falecidos. São os casos de Joaquim Agostinho, Livramento, Fernanda Ribeiro, Carlos Resende, Ticha Penicheiro ou Rosa Mota.
"Este livro permite-nos recuar no tempo e avançar no conhecimento", sintetizou Rui Miguel Tovar, que pela primeira vez publica um volume que não tem o futebol no epicentro, embora essa seja a modalidade mais representada, seguida do atletismo.
A publicação, com uma figura por página, acompanhada da ilustração, destina-se a um público infantil, entre os seis e os 12 anos, mas Rui Miguel Tovar espera "que os pais também leiam".
A escrever para um público que não é o habitual, a linguagem utilizada foi "simples, não básica, e com algum humor".
Quando foi desafiado pela editora, a Nuvem de Tinta, a escrever sobre 50 heróis do desporto, Rui Miguel Tovar achou que não seria fácil reunir essa quantidade de protagonistas. Assim que começou a fazer uma lista, "com o entusiasmo" já tinha ultrapassado largamente esse número e a grande dificuldade foi retirar nomes.
"O critério foi sempre o mesmo: de glória absoluta, quanto mais glorioso melhor", explicou à Lusa o autor. "Muitos heróis eu desconhecia quase por completo a sua vida e foi muito entusiasmante, porque comecei a embrenhar-me e a ficar cada vez mais fascinado", acrescentou.
Em alguns casos são contados apenas os maiores feitos desportivos, em outros, é aprofundada a vida dos protagonistas.
"São histórias que nos fazem sonhar, porque pensamos nas dificuldades por que passaram e nos resultados que obtiveram em Mundiais, em Jogos Olímpicos, e que levaram a nossa bandeira muito alto", frisou Rui Miguel Tovar.
Para o autor, "vasculhar o passado" foi um esforço compensador, pelas surpresas encontradas.
Poder imortalizar em livro essas memórias foi uma perspetiva que agradou a Rui Miguel Tovar, que acentuou "esse lado sentimental, apaixonante, da escrita, de ficar gravado, além da memória".
"Há cada vez mais heróis, é importante perpetuá-los e o livro ainda tem esse papel", enfatizou o jornalista.
O autor lamentou que de fora do livro hoje posto à venda tenham ficado nomes como o de Patrícia Mamona, embora tenha reforçado que "estão outros" que "ficaram na história".
No caso de ser publicado um segundo volume, espera incluir não apenas a história da atleta do triplo salto, como de outros desportistas que venham a ganhar projeção no plano internacional.
"Espero que nos Jogos Olímpicos apareçam novas figuras", referiu Rui Miguel Tovar, conhecedor profundo dos grandes feitos e curiosidades no futebol, agora surpreso com os feitos de muitos outros atletas, alcançados depois de ultrapassadas muitas adversidades.
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