"A história do jazz em Portugal é também a história dos seus divulgadores, entre os quais se destacou Duarte Mendonça", lê-se numa nota divulgada no site oficial da Presidência da República.
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou que Duarte Mendonça, como produtor, deu a conhecer "músicos de diferentes gerações e sensibilidades, de Brad Mehldau a Diana Krall, de George Benson a Manhattan Transfer, de Herbie Hancock a Chick Corea, além de várias 'big bands' americanas, das quais era um devoto".
"Parceiro de Luís Villas-Boas no Cascais Jazz e noutros festivais, a sua militância estendeu-se à formação de músicos, através dos Cursos Internacionais Projazz. À família e amigos de Duarte Mendonça, apresento as minhas condolências", escreve o Presidente da República.
O produtor musical Duarte Mendonça, histórico divulgador do jazz em Portugal, morreu hoje de madrugada, em Cascais, aos 90 anos, disse à Lusa o seu biógrafo e investigador de História do Jazz, João Moreira dos Santos.
Para o investigador, Duarte Mendonça é um "produtor histórico", que se interessou pelo jazz aos 15 anos e produziu, com Luís Villas-Boas (1924-1999), festivais como o Cascais Jazz, Jazz Num Dia de Verão, Estoril Jazz, Galp Jazz.
"Foi também uma figura central na formação dos músicos, para o que contribuiu com os célebres Cursos Projazz", acrescentou Moreira dos Santos.
Nascido em Lisboa, a 05 de fevereiro de 1931, no seio de uma família oriunda de Olhão, no distrito de Faro, a Duarte Mendonça se devem as estreias em Portugal de músicos como Red Rodney, The Manhattan Transfer, Michel Legrand, George Benson, Marcus Roberts, Barney Kessel, Terence Blanchard, Sheila Jordan, Lionel Hampton, Ahmad Jamal, Joshua Redman, Brad Mehldau, George Shearing, Mulgrew Miller, Jon Hendricks, Dianne Reeves e Diana Krall.
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