Através de uma nota divulgada na página da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou "pesar pelo desaparecimento de Michel Corboz".
"Além da sua persistência, exigência e amplos horizontes, ficou conhecido pela renovada capacidade de voltar, como pela primeira vez, a certas obras maiores, como as de Bach e Händel, que ano após anos ouvíamos, sempre irredutivelmente canónicas, desafiantes e surpreendentes", acrescentou o chefe de Estado.
O Presidente da República referiu ainda que o maestro "deixou um importante legado de gravações, muitas delas premiadas internacionalmente".
O suíço Michel Corboz, maestro titular do Coro Gulbenkian durante 50 anos, morreu na quinta-feira, aos 87 anos, avançaram na sexta-feira vários órgãos de comunicação social da Suíça.
Michel Corboz, que vivia em Lausana, morreu devido a uma paragem cardíaca, no seguimento de uma operação, de acordo com a mulher do maestro, Janine Corboz, em declarações à agência de notícias suíça Keystone-ATS, citadas por vários meios de comunicação social.
Nascido em 14 de fevereiro de 1934, Michel Corboz começou por frequentar o conservatório de Friburgo, na Suíça, onde estudou canto e composição.
Com 27 anos iniciou-se na direção musical, na mesma altura em que fundou o Ensemble Vocal de Lausana.
De acordo com informação disponível no 'site' da Fundação Calouste Gulbenkian, onde foi maestro titular do Coro Gulbenkian entre 1969 e 2019, "as inúmeras distinções concedidas e o acolhimento entusiasta da imprensa às suas gravações das 'Vésperas' e do 'Orfeo' de Monteverdi (1965 e 1966) marcaram o início de uma longa carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo-se todos os anos com uma nova obra".