Depois de uma primeira edição, em 2019, em que se questionava se "existimos verdadeiramente enquanto europeus", passados dois anos, "a interrogação mantém-se oportuna", explica a organização, em comunicado hoje divulgado.
É por isso que, durante uma semana, o Cinema Trindade recebe 13 filmes que refletem sobre os problemas que assolam a Europa.
Sob curadoria de Carlos Nogueira, serão exibidos filmes de Alemanha, Áustria, Bélgica, República Checa, Espanha, França, Hungria, Índia, país convidado, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia e Reino Unido.
A abrir, no dia 23, "A Virgem de Agosto", do realizador espanhol Jónas Trueba, revela "um filme-diário íntimo sobre uma mulher em busca de revelações, que se deixa levar pelos encontros e reencontros".
O filme foi indicado pela revista especializada Cahiers du Cinéma como um dos 10 melhores de 2020, e foi nomeado para melhor filme estrangeiro nos prémios César.
Destaque também para a sessão de encerramento, com a exibição de "Não Voltará a Nevar", dos polacos Malgorzata Szumowska e Michal Englert, que passou pelos festivais de Veneza e Sevilha, e "explora alguns medos e fantasmas da Europa atual, confrontando-nos com a iminência de um apocalipse", que acaba por nunca chegar.
Pela mostra também passam os filmes "A Estreia", de Alejandro Fernández Almendras, "A Raposa na Toca", de Armant T. Riahi, "A Sombra da Violência", de Nick Rowland, "As coisas que dizemos, as coisas que fazemos", de Emmanuel Mouret, "Camarada Drakulich", de Márk Bodzsár, "Contos do Rio", de Julie Schroell, "Ghost Tropic", de Bas Devos, "Isco", de Mark Jenkin, "Nasir", de Arun Karthick, "Sole", de Carlo Sironi, e "Um Ano de Voluntariado", Ulrich Köhler e Henner Winckler.
A Semana de Cinema Europeu é organizada pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, pela EUNIC-Portugal (European Union National Institutes for Culture), uma rede europeia de institutos nacionais de cultura, e pela Embaixada Britânica em Lisboa.
As sessões têm entrada gratuita, mediante o levantamento de bilhete.
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