A programação musical do festival, dividida entre Sónar by Day e Sónar by Night, inclui mais de 70 concertos e atuações de artistas e DJ, entre os quais Arca, Bicep, The Blaze DJ, Charlotte de Witte, Dixon, Pongo, Eu.Clides, IAMDDB, Polo & Pan, Enchufada Na Zona, Honey Dijon, Floating Points, Leon Vynehall, Partiboi69, Nicola Cruz, Richie Hawtin, Nina Kraviz, DJ Marfox e Thundercat.
Esta parte da programação vai dividir-se entre o Centro de Congressos de Lisboa, o Coliseu dos Recreios, o Pavilhão Carlos Lopes e o Hub Criativo do Beato.
Os vários espaços deste último local irão também acolher a vertente do festival dedicada às tecnologias criativas, Sónar+D.
As conferências do Sónar+D acontecem todos os dias do festival, entre as 12:00 e as 18:30, "tendo como tema central a Sustentabilidade e Direitos Humanos, a partir do qual se desdobra um tríptico de subtemas: a Inteligência Artificial e Algoritmos; as Intersecções de Arte, Ciência, Ecologia e Alterações Climáticas; e as Tecnologias Criativas e Economia Digital: do Metaverso à web3".
A programação do Sónar+D inclui também exposições, que abordam temas como as alterações climáticas, preservação dos recursos naturais, inteligência artificial e suas implicações éticas, desinformação, algoritmos e meios de comunicação social.
A terceira componente do Sónar+D, a dos espetáculos AV, "experiências musicais ao vivo que surgem da interação entre criatividade, música, tecnologia e inovação".
"Desde furacões, a organismos unicelulares e estrelas em extinção, refletem sobre preocupações da sociedade, como as alterações climáticas ou a vigilância de dados, enquanto exploram a interação da música e da imagem. Com uma profunda componente audiovisual e tecnológica, vão proporcionar um contacto com os artistas que estão a explorar as intersecções da ciência e tecnologia, utilizando tecnologias digitais", descreve a organização.
O promotor João Menezes, em declarações à Lusa, destacou que "Lisboa tem uma conjugação de fatores ótima para pôr em diálogo esses universos da arte, da tecnologia e da ciência".
"O grande legado pode ser esse e depois servir de montra de Portugal para o mundo, do nosso timbre cultural que é único no mundo. Seremos uma grande montra, muito orgulhosos dessa nossa textura cultural para o mundo", afirmou, na quinta-feira, num encontro com a imprensa no Hub Criativo do Beato, um dos espaços que acolhe o festival.
Segundo o promotor, mais de 60% dos bilhetes vendidos foram para fora de Portugal, sendo esperados espectadores de mais de 60 nacionalidades.
O Sónar aconteceu pela primeira vez em 1994, em Barcelona, Espanha, e já teve edições noutros países, nomeadamente Japão e Argentina.
No encontro com a imprensa, o fundador do Sónar Barcelona, Enric Palau, recordou que a matriz do festival foi sempre a da experimentação, no cruzamento entre arte e tecnologia, e elogiou a adaptação do evento à realidade portuguesa, numa edição que propõe "um safari por Lisboa", dado que os quatro espaços distam vários quilómetros entre eles.
Na semana passada, a organização do festival anunciou que o acesso ao Sónar+D será gratuito para "estudantes portugueses de todo o território continental e ilhas, e de qualquer nível de ensino, mediante apresentação do cartão de estudante na entrada do Hub Creativo do Beato".
Além disso, "os estudantes terão também um desconto nos bilhetes de acesso à programação musical", e, "no último dia do festival, as portas do Sónar+D abrem-se à cidade, com entrada gratuita, sujeita à lotação".
A programação completa das várias componentes do Sónar Lisboa, bem como informações sobre os vários tipos de bilhetes disponíveis e acesso às várias iniciativas, pode ser consultada em www.sonarlisboa.pt.
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