Intitulada "Somos a primeira pessoa do plural", a obra é constituída por 20 textos aos longo de 101 páginas, entre os quais "Antes de embarcar para Moçambique", "O meu lugar" ou "Esta é a estrada, nós somos os condutores", alguns inspirados em viagens anteriores ao país.
A iniciativa de publicação é da Editorial Fundza e o lançamento está marcado para o Centro Cultural Português em Maputo.
O autor classifica o livro como uma "edição especial", concebida com o desejo de "partilhar algumas ideias fundamentais da sua obra com os leitores moçambicanos", lê-se em comunicado.
"Este livro é uma forma de tentar retribuir um pouco" a "generosidade" com que o autor diz sempre ter sido recebido em Moçambique, realçando também "a amizade" com o escritor, editor e dinamizador cultural Dany Wambire, que conduziu à oportunidade de trabalhar com uma editora moçambicana da cidade da Beira.
"Penso que é muito importante que também exista dinamismo cultural fora da capital dos países. É um sinal de desenvolvimento, um passo no sentido de uma desejável harmonização do território", sublinhou.
José Luís Peixoto, 47 anos, tem obra traduzida do português para 26 línguas e com 27 anos foi o mais jovem vencedor de sempre do Prémio Literário José Saramago.
Entre romances e poesia, o seu trabalho tem sido também adaptado para espetáculos e obras artísticas de diversos géneros.
A terceira edição do Dia Mundial da Língua Portuguesa será hoje assinalada através de 139 atividades em 52 países, com Angola e o Brasil a assumirem os principais destaques entre um conjunto de eventos espalhados por quatro continentes.
Este dia, proclamado pela 40.ª assembleia geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em novembro de 2019, comemora-se este ano, pela primeira vez, de forma próxima da normalidade, após as limitações causadas pela pandemia de covid-19 nos últimos dois anos.
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