Depois dos 208 mil bilhetes disponíveis para os quatro concertos que os Coldplay vão dar em Portugal em maio de 2023 terem esgotado num ápice, muitos fãs tentam agora recorrer ao mercado secundário para tentar encontrar um ingresso para ver a banda. Porém, a enorme procura terá levado alguns utilizadores de certas plataformas de revenda online a 'dar asas à imaginação' e a colocar alegados bilhetes à venda por valores absolutamente astronómicos.
Depois do Jornal Económico ter noticiado que, na plataforma Viagogo, estavam disponíveis para compra ingressos a mais de 1.700 euros, o Notícias ao Minuto constatou que havia outros a serem alegadamente vendidos a montantes acima dos três mil euros. Existem até propostas de um milhão de euros (1.184.499 euros) para os espetáculos dos dias 18 e 21 de maio de 2023.
Pode ver, mais abaixo, algumas capturas de ecrã da referida plataforma.
Algumas propostas entre os mil e os três mil euros.© Viagogo
Para o dia 18, por exemplo, há propostas de venda de mais de um milhão de euros© Viagogo
Para os outros dois concertos, de 17 e 20 de maio, os valores apresentados são bem mais em conta - ainda que bem mais elevados do que se comprados nos pontos oficiais. Para o primeiro destes dias existem bilhetes que vão até aos 3.317 euros, ao passo que no segundo os preços ficam-se pelos 1.421 euros.
De recordar que estes bilhetes estavam a ser vendidos, no mercado primário, por valores compreendidos entre os 65 e os 150 euros, dependendo do tipo de bilhete adquirido.
Esta realidade levou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) a avisar que está atenta a esta prática. Segundo o inspetor-geral Pedro Portugal Gaspar, em declarações ao Jornal de Notícias, foram já abertos inquéritos a algumas das situações denunciadas, podendo até os bilhetes comprados por esta via ser confiscados pela autoridade.
Apesar da venda de bilhetes no mercado secundário não ser, por si só, uma infração, quem o fizer "por preços superiores aos permitidos com intenção de obter lucro legítimo" incorre no crime de especulação, de acordo com a legislação portuguesa. O infrator pode ser punido com pena de prisão que pode ir dos seis meses aos três anos e multa não inferior a 100 dias.
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