MEO Kalorama. Um novo festival marcado pela velha eletrónica

A estreia do festival ficou marcada pelos grandes clássicos da música eletrónica, com os Chemical Brothers a serem o grande destaque da noite, e com James Blake e Marina Sena a ajudarem o início e fim da festa.

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Beatriz Maio, Hélio Carvalho
02/09/2022 11:52 ‧ 02/09/2022 por Beatriz Maio, Hélio Carvalho

Cultura

MEO Kalorama

A primeira edição do MEO Kalorama era esperada com muita expetativa e alguma incerteza, mas o primeiro dia do novo festival assistiu a muita animação e diversidade musical, tendo sido marcado pela luz e força do 'techno', no Parque da Bela Vista, em Lisboa.

Num ambiente íntimo, confortável e descontraído, James Blake atuou ao final da tarde para uma plateia ansiosa por cantar os êxitos do cantor britânico, que transitou entre sons mais melancólicos e músicas que transformaram o relvado numa pista de dança.

Ao pôr do sol, o público assistiu ao memorável concerto de Bomba Estéreo, que surpreendeu uma plateia que não parou de dançar na companhia da vocalista. Liliana Saumet emanava alegria e uma disposição intrinsecamente latina, o que deixou os colombianos felizes e a erguer as bandeiras do país.

Da festa proporcionada pelos Bomba Estéreo, passamos para os Kraftwerk que, durante uma hora e meia, não largaram os teclados e trouxeram um mar de cor ao recinto do palco Colina. Os quatro alemães comunicavam através de sons e imagens eletrónicas que podiam ser vistas com uns óculos especiais dados à plateia.

A banda era uma das mais aguardadas pelos festivaleiros, dada a sua forte influência no mundo da música eletrónica, nascidos nos anos 70 no mítico 'underground' alemão. O concerto começou algo baixo, o que causou alguma estranheza - agora, sabe-se que houve "conflitos de som entre palcos". O concerto 2ManyDjs B2B Tiga ocupava o palco principal, a poucos metros de distância, mas a atuação teve de ser interrompida passados dez minutos.

Mais tarde, os cabeça-de cartaz do dia, The Chemical Brothers, pisaram finalmente o palco MEO, onde a multidão fez questão de iluminar os irmãos com as luzes dos telemóveis. A dupla britânica é uma máquina bem oleada e, apesar de estarem quase circunscritos a um conjunto de mesas, o 'show' de luzes e (muito) fumo, além de singles bem conhecidos como 'Galvanize' e 'Go', foram uma dose extra de energia para uma noite que já era longa. Embora dispersas durante a tarde, a verdade é que o concerto reuniu as dezenas de milhares de pessoas que marcaram presença neste primeiro dia do festival.

A fechar o dia, não podia faltar a nova sensação da pop brasileira. Marina Sena esteve recentemente em Portugal, mas nem por isso deixou de motivar um enorme entusiasmo, especialmente por parte da comunidade brasileira. Arrancando o concerto com 'Por Supuesto', a sua música mais conhecida, a 'diva' fez-se acompanhar de bailarinas e fechou a noite com chave de ouro e sensualidade.

Como a diversão nunca acaba, segue-se esta sexta-feira mais uma panóplia de atuações de artistas prontos para trazer a Lisboa vários estilos musicais e concertos de todo o tipo que decorrerão até sábado.

Horário do dia 2:

Palco MEO:

17h00 - The Lathums
19h00 - The Legendary Tigerman
20h45 - Blossoms
23h00 - Arctic Monkeys

Palco Colina:

16h00 - Curadoria 'Chelas é o Sítio'
18h00 - Golden Slumbers
20h00 - Jessie Ware
21h45 - Róisín Murphy
00h45 - Bonobo

Palco Futura:

18h00 - Crawlers
20h00 - Alice Phoebe Lou
22h00 - You Can't Win Charlie Brown
01h00 - Bruno Pernadas

Leia Também: Música, arte e sustentabilidade. Kalorama começa "nova era de festivais"

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