Filme de caráter documental, "Sortes" foi distinguido nos Deutscher Kurzfilmpreis, prémios nacionais de curta-metragem do cinema na Alemanha.
O prémio foi entregue na quinta-feira pela ministra alemã da Cultura, Claudia Roth.
Com cerca de 38 minutos de duração, "Sortes" foi rodado no Alentejo, registando a paisagem humana e rural da Serra de Serpa, marcada pela desertificação.
"Ao ritmo do trabalho do campo e pela voz dos poetas populares, [o filme] torna-se retrato dos que ficaram e 'requiem' aos que foram", lê-se na sinopse da obra.
"Sortes" teve estreia mundial na edição de 2021 do Festival Visions du Réel, em Nyon, na Suíça, integrado na competição internacional. A estreia portuguesa aconteceu no mesmo ano, no Curtas de Vila do Conde, tendo também sido exibido no festival Porto/Post/Doc, entre outros certames.
Ainda em 2021, conquistou o prémio do público no FIKE - Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora.
Mónica Martins Nunes, realizadora e artista visual a viver e trabalhar em Berlim há cerca de uma década, nasceu em Lisboa em 1990, estudou Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, graduou-se e fez mestrado em Artes Plásticas na Universität der Künste de Berlim (Universidade das Artes).
Em 2017, o seu primeiro filme, "Na cinza fica calor", foi distinguido com o Golden Dove de melhor 'curta', um dos principais prémios do festival de cinema documental DOK Leipzig.
"Na cinza fica calor" acompanha os habitantes de Chã das Caldeiras, na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, na reconstrução do seu quotidiano, após a erupção vulcânica de 2014-2015.
O novo filme de Mónica Martins Nunes, "Sortes", foi apoiado financeiramente pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual e pelo Elsa-Neumann-Stipendium des Landes, da cidade de Berlim.
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