Primavera Sound perde patrocinador. "Tratamento quase colonial"
Durante a conferência do Primavera Sound do Porto, Rui Moreira insurgiu-se contra as agências publicitárias e disse que "é preciso alertar que alguns dos consumidores também vivem cá".
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Cultura Primavera Sound 2023
O presidente da Câmara Municipal do Porto voltou a criticar a maior presença de um determinado setor na cidade de Lisboa, afirmando que é "curioso" que a haja "uma concentração de agências publicitárias em Lisboa" e que dificulta os patrocínios dos festivais de verão.
Os comentários de Rui Moreira surgiram durante a conferência de imprensa sobre o Primavera Sound no Porto, festival que, este ano, perdeu o seu principal patrocinador e ficou sem a NOS no seu nome.
Esta falta de apoio por parte de uma grande marca no 'branding' do festival deixam o Primavera Sound do Porto a ter de arranjar mais patrocínios, para fazer face ao investimento avultado.
"Não deixa de ser curioso, e é talvez por causa da concentração de agências publicitárias em Lisboa, e não necessariamente por algum centralismo, que nós verificamos que, no sul, os festivais conseguem concentrar os apoios das marcas. E um festival como este tem uma enorme dificuldade, por isso, eu chamo à atenção da indústria nortenha, que trabalha com essas agências, que de vez em quando é preciso alertar que alguns dos consumidores dos seus produtos também vivem cá", afirmou Rui Moreira, citado pela SIC Notícias.
O autarca do Porto vincou ainda que "isto acaba por ser um tratamento quase colonial".
A câmara vai aumentar o seu investimento público no festival, que decorrerá entre os dias 7 a 10 de junho no Parque da Cidade do Porto, e que juntará fãs de todo o mundo para o evento encabeçado por Rosalía, Kendrick Lamar, Blur, New Order, entre outros.
O financiamento público saltará de 200 mil euros para 650 mil euros, com Moreira a garantir que a cidade voltará a estar "à altura" no alojamento e restauração.
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