"A proposta de homenagem surge por ocasião do centenário do nascimento de Eduardo Lourenço celebrado este mês de maio. Nenhum outro pensador da nossa modernidade refletiu melhor sobre os tempos passados, presentes e futuros de Portugal e da Europa", expôs o vereador Carlos Teixeira, do partido Livre, em substituição do eleito Rui Tavares.
Na reunião pública da Câmara de Lisboa, Carlos Teixeira disse que a proposta em causa, que também foi apresentada na Assembleia da República, pretende criar a Grande Biblioteca Pública Eduardo Lourenço, como "uma casa aberta ao mundo", que permita "articular as dimensões portuguesa, europeia e internacional".
A proposta do Livre, que é subscrita também pelos vereadores do PS e dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), sugere que a Câmara de Lisboa apoie publicamente a criação de uma biblioteca pública de dimensão europeia e internacional com a designação Biblioteca Eduardo Lourenço e que seja mandatado o presidente do executivo municipal, Carlos Moedas (PSD), para realizar os contactos junto do Governo e de outras instituições para delinear o projeto "e o seu possível cofinanciamento pela União Europeia".
A proposta aguarda agendamento para discussão em reunião de câmara, para que a mesma seja votada.
O presidente da câmara manifestou o seu apoio à proposta, porque "não há outro nome tão grande como Eduardo Lourenço, que foi o pensador de Portugal, mas também o pensador da Europa".
"É algo que, realmente, gostaríamos de levar avante", afirmou Carlos Moedas.
Na terça-feira, a Câmara de Lisboa assinalou o centenário do nascimento de Eduardo Lourenço, com a colocação de uma estátua do professor e filósofo no Jardim Gonçalo Ribeiro Telles, na Praça de Espanha, da autoria do artista Leonel Moura.
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta e interventor cívico, Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda, a 23 de maio de 1923, e morreu em Lisboa, no dia 01 de dezembro de 2020.
Considerado um dos mais prestigiados intelectuais europeus e uma das mais emblemáticas figuras do século XX português, Eduardo Lourenço deixou "uma obra de vulto e um legado que o perpetuam na história do país, particularmente ao nível cultural", sublinhou a câmara.
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