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DGArtes. Concurso para representar Portugal em Veneza abre com atraso

O concurso limitado para decidir quem vai representar Portugal na Bienal de Arte de Veneza de 2024 abriu hoje, com quase um mês de atraso, tendo sido convidadas a apresentar propostas Marta Mestre, Mónica de Miranda e Sandra Guimarães.

DGArtes. Concurso para representar Portugal em Veneza abre com atraso
Notícias ao Minuto

11:59 - 25/09/23 por Lusa

Cultura Bienal

Em comunicado, a Direção-Geral das Artes lembra que a escolha das curadoras a convidar foi feita por uma comissão composta por Philippe Vergne, em representação da Fundação de Serralves, João Pinharanda, em representação Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), Emílio Rui Vilar, em representação da Fundação Caixa Geral de Depósitos -- Culturgest, Luísa Santos, em representação da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), e por Margarida Mendes, por proposta da Direção-Geral das Artes.

A comissão que vai decidir qual o projeto que vai representar Portugal vai agora ser constituída pelo técnico superior da Direção-Geral das Artes Paulo Carretas, que coordena, e pelos especialistas Ana Balona de Oliveira, André Tecedeiro e João Mourão.

Marta Mestre é curadora-geral do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães, depois de já ter trabalhado como curadora no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, também no Brasil, entre outros.

A artista e investigadora Mónica de Miranda foi nomeada para o prémio Novos Artistas, em 2019, e para o prémio Novo Banco Photo, três anos antes, sendo uma das fundadoras do projeto Hangar, em Lisboa.

Com mais de 20 anos à frente de projetos artísticos, Sandra Guimarães, além da sua atual direção artística no Bombas Gens Centre d'Art, em Valência (Espanha), tem sido curadora de museus como o de Serralves, no Porto (1998-2010), e o Remai Modern, no Canadá (2015-2019).

Os projetos a candidatar devem estar relacionados com o tema "Estrangeiros em Todos os Lugares", definido pelo curador da Bienal de Veneza, Adriano Pedrosa.

"As propostas candidatas deverão ainda ter em conta objetivos como a dinamização da internacionalização das artes e da cultura portuguesa através da cooperação com outros países; a valorização da dimensão educativa e da sensibilização para a cultura através de boas práticas de mediação de públicos; a sustentabilidade ambiental e a implementação de boas práticas ecológicas; o fomento da pesquisa e experimentação artísticas como práticas inovadoras do desenvolvimento e do conhecimento; a promoção da acessibilidade física, social e intelectual de todos os profissionais envolvidos nos projetos artísticos e dos respetivos públicos", pode ler-se no comunicado da Direção-Geral das Artes.

A abertura do concurso foi também publicada em Diário da República, num aviso com data de dia 21 de setembro e assinado pelo diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, que indica que o despacho do ministro da Cultura sobre o concurso foi emitido no dia 19 deste mês.

De acordo com a declaração anual da Direção-Geral das Artes para este ano, o concurso para a 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza devia ter aberto até agosto.

A distribuição do montante total prevê 240 mil euros para este ano e 145 mil em 2024.

A 60.ª Bienal de Arte de Veneza vai acontecer entre 20 de abril e 24 de novembro de 2024.

Em 2022, Portugal foi representado em Veneza por Pedro Neves Marques, com o projeto "Vampires in Space", apresentado pelos curadores João Mourão e Luís Silva.

Leia Também: Associação acusa "incapacidade" de cumprir projetos devido a atrasos

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