Fundação CCB. Nova presidente toma posse em dezembro e vogais mantêm-se
A nova presidente do conselho de administração da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB), Francisca Carneiro Fernandes, toma posse em dezembro e os atuais vogais, Madalena Reis e Delfim Sardo, mantêm-se em funções, segundo o Ministério da Cultura.
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Cultura CCB
Francisca Carneiro Fernandes, que toma posse em dezembro, sucede no cargo a Elísio Summavielle, que abandona o lugar a seu pedido, de acordo com fonte oficial do Ministério da Cultura, em resposta a questões da agência Lusa.
O mandato do atual Conselho de Administração da Fundação CBB termina em abril de 2025 e, segundo a mesma fonte, Madalena Reis e Delfim Sardo irão manter-se como vogais até essa data.
A tutela anunciou hoje, em comunicado, que a atual presidente da Performart e diretora executiva de Novos Projetos da empresa municipal do Porto Ágora, Francisca Ferreira Fernandes, "com experiência em gestão de equipamentos culturais e proximidade às artes performativas" foi escolhida para presidir à Fundação Centro Cultural de Belém.
O Ministério da Cultura refere que esta nomeação acontece num momento em que o CCB quer "potenciar a relação entre os vários espaços" e abrir-se "a novos públicos, à cidade e ao país".
"O CCB vai entrar numa nova fase, com a recuperação da gestão do espaço do Museu. Esta oportunidade coloca o CCB numa posição singular a nível nacional, permitindo um diálogo entre os vários espaços. Numa altura que celebra 30 anos, o CCB tem um grande desafio: projetar uma nova identidade e promover uma relação íntima entre o Centro de Artes Performativas e o novo MAC/CCB [Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém], que abre no final do mês", afirmou, citado no comunicado, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Para o governante, Francisca Carneiro Fernandes tem o perfil para dar resposta a estes desafios, por ser alguém "próximo das artes performativas e com uma longa experiência em gestão de equipamentos culturais", nomeadamente à frente do Teatro Nacional São João, no Porto.
A abertura do MAC/CCB vai acontecer entre os dias 27 e 29 deste mês, com uma programação de entrada gratuita, nomeadamente concertos e visitas guiadas.
O MAC/CCB abre com a apresentação das coleções em depósito -- a Coleção Berardo, a Coleção Ellipse e uma exposição de desenhos da Coleção Teixeira de Freitas, bem com uma exposição individual da artista belga Berlinde de Bruyckere, que estará presente em Lisboa.
O museu abre numa altura em que ainda decorre o processo de escolha da direção artística, iniciado com um concurso internacional e cuja decisão final está prevista para dezembro.
O MAC/CCB nasce no seguimento da extinção da Fundação de Arte Moderna e Arte Contemporânea -- Coleção Berardo e da denúncia de um protocolo de comodato assinado entre o Estado e o colecionador de arte José Berardo, que teve efeitos a partir de 01 de janeiro deste ano.
A Fundação CCB mantém-se fiel depositária da Coleção Berardo por decisão judicial -- com responsabilidade de preservação e fruição pública -, mas as obras estão arrestadas pela justiça desde julho de 2019, na sequência de um processo interposto em tribunal pelo Novo Banco, pela Caixa Geral de Depósitos e pelo BCP, para recuperarem uma dívida de cerca de 1.000 milhões de euros.
Para este mês, está também marcada a apresentação pública, na terça-feira, de um novo concurso internacional para avançar com a construção e exploração de um hotel, escritórios e zona comercial nos módulos que faltam ao edifício original do CCB.
O CCB, inaugurado há trinta anos, tem atualmente três módulos - Centro de Reuniões, Centro de Espetáculos e Centro de Exposições -, retomando agora o processo para a construção dos restantes dois módulos, que deve seguir a linha arquitetónica do edifício assinado pelos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado.
Em 2018 chegou a ser lançado um concurso internacional, que não foi finalizado por causa "das alterações drásticas causadas pela pandemia", lê-se no 'site' oficial.
Em 2021, numa apresentação da programação cultural à imprensa, o presidente da fundação CCB, Elísio Summavielle, lembrou que ainda chegou a estar em fase de negociação um contrato com a construtora Mota Engil, que acabou por não ir avante.
"Os terrenos estavam legalizados, as tutelas definidas, foi lançado o concurso internacional e estava um candidato em fase de negociação, mas começou a pandemia e desistiu", clarificou Summavielle.
Na página 'online', o CCB explica que a autarquia de Lisboa aprovou em março passado o "Pedido de Informação Prévia" e que estão disponíveis 23.000 metros quadrados de "superfície de pavimento".
JRS (AL/SS/AG) // MAG
Lusa/Fim
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