A Bienal de Luanda tem como objetivo promover a prevenção da violência e dos conflitos, através do intercâmbio cultural entre os países africanos e o diálogo intergeracional, tendo este ano como lema a 'Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente'.
No evento, que resulta de uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), governo angolano e União Africana, estarão responsáveis governamentais e da sociedade civil, comunidade artística e científica, assim como organismos internacionais.
Na abertura do fórum, além do Presidente angolano, João Lourenço e do presidente em exercício da União Africana, Azali Assoumanin, marca presença o ex-presidente de Moçambique e atual conselheiro da União Africana, Joaquim Chissano.
Os ex-chefes de Estado da Nigéria, África do Sul, Quénia e Malaui e o diretor-geral adjunto da UNESCO, Xing Qu, vão estar também presentes.
Segundo João Lourenço, citado num comunicado da UNESCO, este fórum "constitui uma plataforma privilegiada de intercâmbio entre diferentes culturas, religiões e modelos sociais, através de sessões interativas e construtivas para identificar, promover e difundir modelos viáveis e inclusivos de resolução pacífica de conflitos a nível do continente africano, podendo servir como uma referência potencialmente inspiradora para outras regiões do mundo".
Do programa constam seis painéis de alto nível sobre temas diversos como o papel dos jovens na promoção da cultura de paz, tecnologia e educação como ferramentas para alcançar igualdade de género, o papel das mulheres nos processos de paz, segurança e desenvolvimento, a transformação dos sistemas educativos, financiamento inovador no contexto africano, perspetivas de crescimento económico e desafios das mudanças climáticas.
O Diálogo Intergeracional, um dos pontos altos do evento, reunirá jovens participantes com origens em vários países africanos para debater com os líderes políticos os desafios atuais que o continente africano enfrenta.
Haverá também visitas a monumentos históricos, momentos culturais e atividades paralelas.
Leia Também: De Cesária até à BD, cabo-verdiano faz arte em sapatilhas