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Graça Carmona e Costa. Uma "ação decisiva" pela arte portuguesa

A Fundação EDP considera a morte da galerista e mecenas Maria da Graça Carmona e Costa, que ocorreu hoje, em Lisboa, "uma grande perda para a arte portuguesa", recordando a ação decisiva que desenvolveu ao longo de décadas.

Graça Carmona e Costa. Uma "ação decisiva" pela arte portuguesa
Notícias ao Minuto

23:50 - 22/01/24 por Lusa

Cultura Óbito

"A sua ação como colecionadora, galerista, mecenas e presidente da sua Fundação [Carmona e Costa] foi decisiva para artistas, curadores, produtores, designers e instituições", escreve a Fundação EDP, detentora do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), num comunicado de reação à morte de Maria da Graça Carmona e Costa.

"Senhora de uma rara e requintada elegância e de uma invulgar sensibilidade cultural e consciência cívica, nada do que se passou na arte em Portugal lhe foi indiferente", prossegue a Fundação EDP, recordando que a ligação da colecionadora "à arte e aos que a criam foi exemplar de dedicação, entusiasmo e verdadeiro amor."

"De várias maneiras e por diversos meios promoveu, apoiou, protegeu e dinamizou" sempre a arte em Portugal, escreve a Fundação EDP, testemunhando "as grandes qualidades humanas" da colecionadora e o privilégio de ter colaborado com ela "em muitos projetos".

Em outubro, o MAAT inaugurou a exposição "Álbum de Família -- Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", que fica patente até abril e que a Fundação EDP deseja "que constitua agora um renovado tributo à figura ímpar" da mecenas.

A colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa morreu hoje, em Lisboa, cidade onde nasceu há 90 anos.

Em 2018, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural, reconhecendo o "inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos."

Maria da Graça Carmona e Costa iniciou a sua atividade na Galeria Quadrum, em Lisboa, na década de 1970, na altura um dos principais espaços das artes visuais no país.

No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, a que se sucedeu, em 1997, a Fundação Carmona e Costa, com o objetivo de dinamizar iniciativas de arte contemporânea portuguesa, como exposições, conferências, edição de livros e catálogos.

Em 2000, a fundação criou a Bolsa Fulbright/Fundação Carmona e Costa de apoio à arte portuguesa e a Bolsa de Estudos para alunos do Ar.Co -- Centro de Arte e Comunicação Visual de Lisboa.

Sobre a exposição "Álbum de Família -- Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", que pela primeira vez é apresentada ao público "de modo sistemático", o MAAT indica, no seu 'site', que "dá conta não apenas do gosto pessoal mas também de parte significativa da própria história da arte portuguesa nas últimas décadas."

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