Velório de António-Pedro Vasconcelos decorre na quinta-feira
O funeral do cineasta António-Pedro Vasconcelos realiza-se na sexta-feira, dia 08, às 13h30, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde o corpo estará a partir das 11:00, divulgou a família.
© Diana Quintela - Global Imagens
Cultura Óbito
O velório decorre na véspera, quinta-feira, dia 07 de março, na Gare Marítima de Alcântara, entre as 15h00 e as 22h00, estando marcada uma cerimónia evocativa para as 18:30, de acordo a informação enviada à agência lusa.
Autor de filmes como 'O Lugar do Morto' e 'Os Imortais', António-Pedro Vasconcelos morreu hoje, em Lisboa, aos 84 anos.
Nascido em Leiria, em 10 de março de 1939, António-Pedro Vasconcelos dirigiu a primeira longa-metragem de ficção, 'Perdido por cem', em 1972, numa cinematografia que remonta ao final dos anos de 1960 e soma mais de duas dezenas de obras, em que se destacam produções como 'Jaime' (1999) e 'Aqui d'El-Rei' (1992).
Foi realizador, produtor, crítico e professor, tendo fundado o Centro Português de Cinema, segundo a biografia patente na Academia Portuguesa de Cinema.
A par do cinema, em que assinou vários êxitos de bilheteira, como 'A Bela e o Paparazzo' (2010), António-Pedro Vasconcelos também foi crítico de literatura e cinema, cronista e comentador televisivo, "com forte intervenção cívica", como escreveu José Jorge Letria no livro de entrevista com o realizador, 'Um cineasta condenado a ser livre' (2016).
Presidiu o Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual da Comissão Europeia, e coordenou o antigo Secretariado Nacional para o Audiovisual, de 1991 a 1993, que tinha por missão definir "uma política global e coordenada" para o setor, em Portugal, quando a televisão se abria ao setor privado e era criado o Programa Media, a nível europeu.
Foi presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, de 1978 a 1984, e do Conselho de Opinião da RTP, entre 1996 e 2003.
Defensor do serviço público de televisão, publicou 'Serviço Público, Interesses Privados', em 2002.
Um dos seus campos de intervenção foi a Associação Peço a Palavra, que se bateu publicamente contra a privatização da TAP.
"Hoje, mais do que nunca, temos a certeza que o nosso A-PV, que tanto lutou para que todos fôssemos mais justos, mais corretos, mais conscientes, sempre tão sérios e dignos como ele, será sempre um Imortal", escreveu a família em comunicado.
Leia Também: Yellow Star Company vai gerir programação do Centro Cultural da Malaposta
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com