"A cultura portuguesa perdeu, com o falecimento de Nuno Júdice, um dos seus mais reconhecidos poetas e conciso romancista. Como me prenunciara a sua mulher, 'iniciou a sua descida devagarinho em silêncio, como é seu hábito'", pode ler-se num par de mensagens publicadas na rede social X.
António Costa apresentou as condolências à família e disse que iria recordar Júdice "sempre na sua infinita delicadeza, grato pela sua amizade e camaradagem".
A cultura portuguesa perdeu, com o falecimento de Nuno Júdice, um dos seus mais reconhecidos poetas e conciso romancista.
— António Costa (@antoniocostapm) March 18, 2024
Como me prenunciara a sua mulher, “iniciou a sua descida devagarinho em silêncio, como é seu hábito”.
O poeta Nuno Júdice morreu no domingo, em Lisboa, aos 74 anos, revelou a editora Dom Quixote à agência Lusa.
"Foi com profundo pesar e sentida consternação que na Leya e principalmente na Dom Quixote tomamos conhecimento da triste notícia do falecimento de Nuno Júdice, hoje, em Lisboa, vítima de doença. Uma notícia que abalou todos os que trabalharam mais de perto com Nuno Júdice mas, com toda a certeza, todos os seus muitos leitores e admiradores. E que sem dúvida deixa mais pobre a literatura e a poesia portuguesas", pode ler-se no comunicado enviado à Lusa.
Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande, em Portimão, no distrito de Faro, em 1949.
Foi professor associado da Universidade Nova de Lisboa, instituição onde se doutorou em 1989 com a tese "O espaço do conto no texto medieval".
Poeta, ensaísta e ficcionista, Nuno Júdice foi, até 2015, professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Ao longo da carreira literária, Nuno Júdice foi distinguido com diversos prémios, entre os quais o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, em 2013, o Prémio Pen Clube, o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus.
Recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, por "Meditação sobre Ruínas", finalista do Prémio Europeu de Literatura.
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