O anúncio foi feito na noite de quinta-feira na Feira do Livro de Bruxelas, capital da Bélgica.
Theis Ørntoft foi o galardoado este ano, mas houve ainda cinco menções honrosas: Todor Todorov da Bulgária, com 'Хагабула'; o alemão Deniz Utlu, com 'Vaters Meer' ('Mar do Pai'); María Elísabet Bragadóttir, da Islândia, que escreveu 'Sápufuglinn' ('O passário do sabão'); Sholeh Rezazadeh, dos Países Baixos, com 'Ik ken een berg die op me wacht' ('Eu conheço uma montanha que espera por mim'); e a eslovena Tina Vrscaj, autora de 'Na klancu' ('Na encosta').
Para a edição deste ano estavam nomeadas 13 obras, escolhidas entre mais de 41 países.
'Lei da Gravidade' foi publicado pela Porto Editora.
A comissária europeia para a Cultura, Iliana Ivanova, considerou que os vencedores, nomeados de todos os países que estavam a concurso, demonstram a importância de a União Europeia continuar a apoiar a literatura na sua conceção e divulgação.
Já o presidente da Federação de Editoras Europeias, Ricardo Franco Levi, felicitou o autor dinamarquês e reconheceu que o Prémio para a Literatura da União Europeia é uma oportunidade para todos os candidatos divulgarem o seu trabalho a leitores que habitualmente não conheceriam as suas obras, nomeadamente de outros países: "Espero que aproveitem as oportunidades criadas durante os próximos meses".
'Terrestre', o livro premiado, é o segundo romance de Ørntoft, que a sua editora define como "uma história de longo alcance sobre amor e trabalho, natureza e capitalismo, ouro, prata, petróleo e o lento desaparecimento do Ocidente", através de "três gerações de uma família ligadas através do tempo e do espaço" e tudo aquilo que desconhecem.
Theis Ørntoft tem 40 anos, estreou-se em 2009 com a poesia de 'Yeah suiten', livro que lhe valeu vários prémios revelação no seu país. Cinco anos mais tarde confirmaria as expectativas com 'Poems 2014'.
O autor não se encontra publicado em Portugal, mas o protagonista do seu romance de estreia, 'Solar', publicado em 2018, toma o seu primeiro nome, Theis, e atravessa a Europa de comboio, da Dinamarca a Portugal, onde Albufeira se transforma em palco dos seus pequenos crimes e grandes vícios.
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