Israel terá sofrido "demonstração de ódio sem precedentes" na Eurovisão

A emissora israelita realçou que, "ao longo do percurso, a delegação manteve uma abordagem digna e respeitosa para com os artistas e outras delegações".

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© Martin Sylvest Andersen/Getty Images

Notícias ao Minuto
16/05/2024 19:55 ‧ 16/05/2024 por Notícias ao Minuto

Cultura

Eurovisão

A delegação israelita disse ter sido alvo de “uma demonstração de ódio sem precedentes” por parte de outros países e dos seus concorrentes no Festival Eurovisão da Canção, que decorreu em Malmö, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio. A 68.ª edição do evento foi marcada por protestos – tanto fora, como dentro dos bastidores – contra a participação de Israel, tendo em conta a escala do conflito com o Hamas.

“Este ano, a delegação israelita enfrentou uma pressão imensa e uma demonstração de ódio sem precedentes, nomeadamente por parte de outras delegações e artistas, pública e coletivamente, apenas pelo simples facto de sermos israelitas e de estarmos lá”, denunciou a emissora pública Kan, esta quinta-feira, num comunicado enviado à BBC.

Ainda assim, a emissora israelita realçou que, “ao longo do percurso, a delegação manteve uma abordagem digna e respeitosa para com os artistas e outras delegações, esforçando-se por promover a unidade em torno da música”, ao mesmo tempo que procurou aderir “às regras do concurso, ao contrário de outras delegações”.

“Apesar dos desafios impossíveis, Eden Golan lidou com a tarefa de forma admirável, ganhando respeito, e os pontos recebidos do público europeu falam por si. Não poderíamos estar mais orgulhosos do resultado”, complementou.

Eden Golan, que terminou em quinto lugar, recebeu um misto de vaias e de clamor por parte do público. Contudo, a delegação israelita foi criticada por vários concorrentes, incluindo Bambie Thug, da Irlanda, que acusou Kan de "incitar à violência" contra si.

“A emissora desobedeceu às regras e espero que no próximo ano não possa competir”, disse, durante uma conferência de imprensa.

Antes, a cantora grega Marina Satti foi vista a bocejar e a fingir estar a dormir enquanto a candidata israelita falava, no decorrer de uma conferência de imprensa coletiva.

Aliás, quando Eden Golan foi informada de que não precisava de responder a uma pergunta sobre os riscos de segurança que a sua presença poderiam acarretar, Joost Klein, dos Países Baixos, irrompeu: “Porque não?”

Dois dias depois, o artista foi desclassificado devido a um alegado desentendimento com um membro da equipa de produção, que fez queixa às autoridades suecas.

Também a delegação portuguesa enfrentou obstáculos, levando a RTP a pedir explicações à União Europeia de Radiodifusão (EBU) quanto aos motivos por detrás do atraso da divulgação da atuação de iolanda na final do concurso.

A EBU, por seu turno, justificou que a artista tinha as unhas pintadas com o padrão do 'keffiyeh', um lenço que é símbolo da resistência palestiniana, além de ter dito que “a paz vai prevalecer”, no final da atuação.

Na segunda-feira, a entidade lamentou que algumas delegações “não tenham respeitado o espírito das regras e da competição, tanto no local como durante as suas transmissões”.

“Conversámos com várias delegações durante o evento sobre várias questões que foram trazidas à nossa atenção. Os órgãos diretivos da EBU irão, juntamente com os chefes das delegações, analisar os acontecimentos em torno do Festival Eurovisão da Canção em Malmö, para avançar de forma positiva e garantir que os valores do evento sejam respeitados por todos”, disse.

Recorde-se que a Suíça venceu esta edição do Festival Eurovisão da Canção, com 591 pontos, ao som de 'The Code', canção interpretada pelo artista Nemo. Portugal, por sua vez, alcançou o 10.º lugar, com 152 pontos, graças à canção 'Grito'. Em último lugar ficou a Noruega, representada pela banda Gåte, com apenas 16 pontos.

Leia Também: Eurovisão. Bandeira da UE proibida por contexto "político sensível"

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