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Países Baixos não vão apresentar queixa por difamação contra Eurovisão

Em causa está a expulsão do artista neerlandês Joost Klein, que, segundo a organização do festival, ameaçou um membro da produção. No entanto, o Ministério Público sueco decidiu encerrar o caso.

Países Baixos não vão apresentar queixa por difamação contra Eurovisão

A emissora estatal dos Países Baixos, AVROTROS, anunciou que não irá apresentar queixa por difamação contra a União Europeia de Radiodifusão (EUR) devido à expulsão do seu representante, Joost Klein, apesar de o Ministério Público sueco ter decidido encerrar uma investigação por alegada ameaça.

 

O cantor Joost Klein, recorde-se, foi expulso da 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção horas antes da grande final, a 11 de maio. Na altura, a UER alegou que em causa esteve uma "queixa apresentada por um membro feminino da equipa de produção após um incidente da sua atuação na semifinal" e que "não seria apropriado" que "continuasse no concurso" enquanto decorria a investigação.

Num esclarecimento, citado pela agência de notícias neerlandesa ANP, um advogado da AVROTROS reconheceu que é "sem dúvida uma acusação difamatória" e que poderia ser equacionada uma queixa por difamação. No entanto, decidiram não o fazer.

"Não podemos voltar atrás no que já foi feito. Também não é nosso objetivo enriquecer ou melhorar com isto", afirmou o responsável, acrescentando que "em breve" haverá conversações com a EUR, onde será discutida não só a expulsão de Joost Klein, como também outras questões relacionadas com os bastidores do festival.

"Não queremos apenas que as coisas se organizem melhor para os Países Baixos, mas para todos os países. Precisamos de chegar a um acordo sobre isso", explicou.

Sublinhe-se o Ministério Público sueco anunciou, na semana passada, que "foi encerrado o inquérito em que um homem de 26 anos era suspeito de ter submetido uma mulher a ameaças ilegais", no passado dia 9 de maio, no Festival Eurovisão da Canção, que decorreu em Malmö, na Suécia.

MP sueco encerra investigação contra Joost Klein, expulso da Eurovisão

MP sueco encerra investigação contra Joost Klein, expulso da Eurovisão

Caso envolveu uma fotógrafa e levou à expulsão do artista da Eurovisão. Procurador não pôde provar que o ato do neerlandês "era suscetível de causar medo grave ou que o homem tinha essa intenção".

Notícias ao Minuto | 19:17 - 12/08/2024

A investigação "chegou à conclusão de que o homem fez um movimento que atingiu a câmara de filmar da mulher". O desenrolar dos acontecimentos "foi rápido e foi percecionado de forma diferente pelas testemunhas do incidente", realça.

"Hoje encerrei a investigação porque não posso provar que o ato era suscetível de causar medo grave ou que o homem tinha essa intenção", explicou o procurador Fredrik Jönsson.

Após ter sido conhecida a decisão do Ministério Público sueco, Joost Klein recorreu às redes sociais, onde afirmou que "os últimos dois meses foram terríveis" e questionou o porquê da demora da decisão da justiça. 

"Todos os dias me sentia inseguro, embora soubesse a verdade. Não há nenhum caso contra mim, porque nunca houve um caso", escreveu.

Joost Klein representou os Países Baixos com 'Europapa', um tema que é uma ode à Europa e a um mundo sem fronteiras, além de uma homenagem aos pais que morreram quando o cantor era adolescente.

A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção realizou-se em Malmö, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio e, apesar das críticas devido à participação de Israel, acabou por ganhar a Suíça, o país mais neutro do mundo, com Nemo e 'The Code'.

Leia Também: "Promover a cultura". Portugal confirma participação na Eurovisão em 2025

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