O festival Bons Sons, que se realiza na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, só se voltará a realizar em 2026 e passa a ser bienal, com edições de dois em dois anos.
Num comunicado, enviado esta quarta-feira às redações, a organização explicou que se tratou de uma "decisão coletiva" com o objetivo de "ter mais espaço e tempo para a consolidação de processos e das equipas voluntárias na aldeia e de tudo aquilo que um festival comunitário implica, apostando na longevidade e sustentabilidade".
"Esta decisão pretende ao mesmo tempo a possibilidade de criação de outros projetos por parte do SCOCS - Sport Club Operário de Cem Soldos - trabalhando continuamente para uma aldeia cada vez mais coesa e resiliente", lê-se ainda.
Citado na nota, Miguel Atalaia, diretor do festival, destacou que o evento é feito com "carinho, profissionalismo e dedicação" e que "apostar na longevidade do Bons Sons e na sua sustentabilidade é acreditar na criação artística nacional".
"Orgulhamo-nos muito do trabalho feito, e queremos muito melhorar e continuar, contando para isso com toda a nossa comunidade, artistas, parcerias, público, órgãos de comunicação social, fornecedores, equipas voluntárias externas", frisou.
O Bons Sons é organizado desde 2006 pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos e manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente. Agora, volta a ser bienal.
A mais recente edição do Bons Sons ocorreu em agosto, num espaço renovado e com novos palcos, e contou com nomes como Gisela João, Valete, Club Macumba, Adiafa, Estilhaços, The Legendary Tigerman, Ana Lua Caiano, Rafael Toral, Cara de Espelho, a guitarrista Luísa Amaro e o Coro das Mulheres da Fábrica.
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