Museus e Monumentos de Portugal revela primeiros resultados de concursos

A Museus e Monumentos de Portugal (MMP) divulgou hoje os primeiros nove resultados de um total de 37 concursos internacionais que decorreram este ano, com as nomeações para equipamentos de Guimarães, Coimbra e Lisboa.

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© Jorge Mantilla/NurPhoto via Getty Images

Lusa
13/12/2024 20:03 ‧ há 8 horas por Lusa

Cultura

Monumentos

Em comunicado, a MMP revelou os nomes dos novos diretores do Museu de Alberto Sampaio (em Guimarães), Paço dos Duques e Castelo de Guimarães, Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra), Museu Nacional do Azulejo, Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional do Teatro e da Dança e Laboratório José de Figueiredo (todos em Lisboa). A empresa pública anunciou ainda a renovação do mandato da curadora da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, Sandra Vieira Jürgens.

 

Atualmente conservadora no Museu Municipal de Esposende, Maria de Lurdes Rufino irá assumir a direção do Museu de Alberto Sampaio.

"Licenciada em História de Arte, com pós-graduação em Museologia, tem um percurso profissional ligado à área da museologia, tendo desempenhado funções em instituições museológicas da administração central, local e da Igreja, entre as quais o Mosteiro de São Martinho de Tibães, em Braga, que coordenou entre 2014 e 2019, o Theatro Circo de Braga, onde foi administradora não executiva", lê-se no comunicado da MMP.

Para dirigir o Paço dos Duques e Castelo de Guimarães foi escolhido Milton Pacheco, investigador na área da arquitetura religiosa e do Santo Ofício. Licenciado e mestre em História da Arte pela Universidade de Coimbra, está atualmente a trabalhar na Casa-Museu Elysio de Moura, em Coimbra, para onde entrou desde 2016, tendo ainda trabalhado como assessor no Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Coimbra.

O Museu Nacional Machado de Castro passará a ser dirigido por Sandra Saldanha, que tem "vasta experiência académica e profissional dos domínios da história de arte, património e promoção cultural".

De acordo com a MMP, Sandra Saldanha, doutorada em História da Arte pela Universidade de Coimbra, "pertence ao Centro de História da Sociedade e da Cultura, dedicando atividade científica à investigação da arte portuguesa na Idade Moderna".

A escolha para a direção do Museu Nacional do Azulejo recaiu em Rosário Salema de Carvalho, investigadora no ARTIS--Instituto de História da Arte, especialista em azulejaria portuguesa, que coordena atualmente os projetos relacionados com os estudos e inventário do azulejo, em colaboração com o museu.

Rosário Salema de Carvalho tem um mestrado em Arte, Património e Restauro e é doutorada em História pela Universidade de Lisboa, com trabalhos dedicados à azulejaria do século XVII.

O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém continuarão a ser dirigidos por Margarida Donas Botto, que é diretora daqueles monumentos desde maio, tendo substituído no cargo a atual ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

Licenciada em História e mestre em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico, Margarida Donas Botto "tem vasta experiência na área do património cultural, tendo exercido funções na ex-Direção-Geral do Património Cultural e, mais recentemente, na MMP".

Também o diretor do Museu Nacional de Arqueologia continuará a ser o mesmo. António Carvalho dirige aquele equipamento desde 2012.

"Historiador de formação, iniciou a sua atividade em arqueologia em 1983 tendo dirigido diversas campanhas arqueológicas e realizado extensa investigação na área. Foi diretor do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Cascais entre 2002 e 2012, e integra atualmente o Conselho Científico da Fundação Côa Parque", recorda a MMP.

Para dirigir o Museu Nacional do Teatro e da Dança foi escolhida Mariana Viterbo Brandão, atual diretora de produção do Arena Ensemble e diretora artística do Festival Temps d'Images.

Formada em Dança e em História da Arte, Mariana Viterbo Brandão é investigadora e docente universitária na área de performance e história da dança, "campo sobre o qual concluiu tese de doutoramento". "Com uma trajetória académica e artística diversificada, é investigadora no Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes", refere a MMP.

Por fim, para a direção do Laboratório José de Figueiredo foi escolhido Rui Câmara Borges, doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais, com especialização em ligas de prata portuguesa dos séculos XV a XVII, e mestre em Conservação e Restauro, que desenvolve trabalho e investigação nas áreas de conservação de metais antigos e tecnologias de produção histórica.

Rui Câmara Borges é presidente da Associação Profissional de Conservadores-restauradores e dá aulas na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Os novos diretores irão assumir funções entre janeiro e março de 2025, para mandatos com a duração de três anos.

De acordo com a MMP, estas nomeações "assinalam um novo ciclo de crescimento e promoção da cultura, da arte e do património, procurando reforçar o compromisso com os processos de democratização, internacionalização e inovação dos monumentos e museus nacionais".

No início deste ano, entrou em vigor a nova orgânica do património cultural em Portugal, com a extinção da Direção-Geral do Património Cultural e a entrada em funções de duas novas entidades: a empresa pública MMP e o instituto público Património Cultural.

De acordo com o decreto-lei que criou a MMP, publicado em setembro do ano passado, a empresa teria até junho deste ano para lançar os concursos internacionais para as direções dos equipamentos que gere, apesar de, em vários casos, estas terem sido alvo de concursos recentemente.

A primeira fase de concursos abriu em agosto, para o Laboratório José de Figueiredo, para o Museu de Alberto Sampaio e para o Paço dos Duques e Castelo de Guimarães.

O cronograma então divulgado previa que a decisão sobre a pessoa vencedora aconteceria até 05 de novembro, com a entrada em funções em 15 de novembro.

Leia Também: Trabalhadores de museus e monumentos concentram-se segunda-feira

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