'Strata', que estará patente entre 12 de março e 30 de novembro, reúne trabalhos realizados por Vhils entre 2005 e 2025, de acordo com informação disponível no 'site' oficial do MUCA.
Nesta exposição, os visitantes "têm a oportunidade de experienciar o desenvolvimento do inconfundível estilo artístico de Vhils, através de uma vasta gama de materiais, técnicas e abordagens conceptuais".
O museu salienta que as obras do artista português - "de delicadas peças esculpidas em paredes na série 'Scratching the Surfaces', a peças em relevo explosivas, instalações de grande escala e composições de técnicas mistas -- transcendem os limites tradicionais da arte".
"Os seus trabalhos refletem temas de identidade, memória e transformação urbana, através da lente da experiência individual e coletiva", lê-se no texto de apresentação de "Strata".
O museu fala no trabalho de Vhils como um ato de destruição, mas também de criação, visto que "ao esculpir paredes, 'outdoors' e materiais industriais, expõe as estruturas negligenciadas da vida contemporânea e dá voz às figuras anónimas que compõem a alma de uma cidade", "mostrando que cada parede transporta uma história e que a destruição pode ser tão poderosa como a construção".
"Strata" inclui obras em cimento, madeira, metal papel e instalações de vídeo, entre "trabalhos marcantes" e "material de arquivo inédito da sua coleção pessoal".
O MUCA, fundado pelo casal de colecionadores Stephanie e Christian Utz, abriu em 2016 como primeiro museu alemão dedicado à arte urbana, transformando um antigo posto de transformação elétrica e um abrigo antiaéreo da Segunda Guerra Mundial em espaços expositivos.
A coleção permanente do museu inclui mais de 1.200 objetos e trabalhos de artistas de arte urbana e arte contemporânea.
Nascido em 1987, Alexandre Farto cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com 'graffiti', aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins.
Captou a atenção a 'escavar' muros com retratos, um trabalho que tem sido reconhecido a nível nacional e internacional, e que já levou o artista a vários cantos do mundo.
Além de várias criações em Portugal, Alexandre Farto tem trabalhos em países e territórios como Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia e Brasil, alguns dos quais envolvendo comunidades locais.
Está representado em várias coleções de arte públicas e privadas.
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