"Os talentos multifacetados da artista permitem ao álbum premiado uma coerência estética que se estende da música, textos e interpretação ao grafismo e a outros detalhes da produção", sustentou o júri, citado em nota de imprensa.
'Pastoral' é o quarto álbum de emmy Curl e resulta de "cerca de 10 anos de investigação e exploração do domínio entre a música tradicional portuguesa, especialmente no património cultural pagão, e as paisagens sonoras eletrónicas modernas", descreve a editora Cuca Monga, que o editou em 2024.
Para o júri do Prémio José Afonso, a escolha de 'Pastoral' deveu-se, "antes de mais, à originalidade do universo musical e estético de emmy Curl".
Na página oficial, a editora Cuca Monga refere também que o álbum de emmy Curl "abre um mundo para o ouvinte onde a música tradicional portuguesa da cultura pagã se funde com batidas eletrónicas e sintetizadores modernos".
Emmy Curl é o nome artístico de Catarina Miranda (nascida em Vila Real em 1990), uma "artista multimédia portuguesa, oriunda das montanhas" que começou a compor ainda na adolescência, como descreve a editora.
Além de 'Pastoral' (2024), a discografia conta ainda com os álbuns "Ether" (2007), 'Cherry Luna' (2013), 'Navia' (2015) e 'O Porto' (2019) e vários EP, nomeadamente 'Birds Among the Lines' (2020) e 'Origins' (2021).
Emmy Curl também participou por duas vezes no Festival da Canção: Em 2018 com a música 'Para sorrir eu não preciso de nada' e este ano com 'Rapsódia de paz'.
O júri do Prémio José Afonso 2025 integrou Sérgio Azevedo (em representação da Câmara Municipal da Amadora), Pedro Teixeira da Silva (em representação do Teatro Nacional de São Carlos) e MARO (que venceu o prémio em 2024).
Emmy Curl vai receber o prémio e atuar na Amadora a 24 de abril, no Cineteatro D. João V, no âmbito das celebrações dos 51 anos da revolução de 25 de Abril de 1974 naquela cidade.
O Prémio José Afonso, que tem um valor monetário de 5 mil euros, é atribuído anualmente desde 1988 para "homenagear o cantor e compositor português José Afonso e incentivar a criação musical de raiz portuguesa".
Fausto Bordalo Dias (1988), Sérgio Godinho (1990 e 1994), Né Ladeiras (1995), Amélia Muge (1999), António Pinho Vargas (2010), Teresa Salgueiro (2017), Capicua (2021) e A garota não (2023) são alguns dos artistas que já foram distinguidos com este prémio.
Leia Também: A Fórmula 1 está de volta e o melhor é ativar o despertador