Numa carta enviada a Jaime Marta Soares e partilhada pelo jornal Record, esta quinta-feira, Eduarda Proença de Carvalho confirmou e justificou a sua demissão como vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting (MAG).
"Depois dos inenarráveis acontecimentos na Academia de Alcochete e as inacreditáveis suspeitas de corrupção, voltei a comunicar, de forma veemente, a minha opinião sobre as medidas urgentes que deveriam ser tomadas pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting. No entanto, tornou-se manifesta a existência de uma insanável divergência entre essa opinião, por mim sentida e comunicada, ainda por diversas vezes no dia de ontem, e a opinião de V. Exa, enquanto presidente do órgão a que pertenço no Sporting, a qual tenho de compreender e respeitar", começou por dizer.
"Tendo em conta a posição de discordância, não vejo outra solução que não seja apresentar a minha renúncia ao cargo. A minha permanência seria aceitar o estado de caos que há meses se instalou. A posição que manifestei ontem na reunião da MAG tornou-se hoje ainda mais evidente. Sempre fui leal para com a MAG e seu presidente. Neste momento, ao contrário do manifestado pela maioria na reunião de ontem, considero, novamente, que só a demissão imediata da MAG poderá evitar o pior. Percebo, respeito e compreendo, contudo, a posição tomada por todos. E sei que todos os membros da MAG lutam fortemente pela defesa intransigente dos interesses do Sporting", completou.