A história de Francisco Roque conta-se por dois pontos-chave: paixão e ambição. Depois de uma carreira de jogador que durou 27 anos, o antigo médio decidiu, em 2009, abraçar a carreira de treinador. Foi no Santa Iria que iniciou o seu percurso e duas épocas depois estava a festejar a primeira subida de divisão. Agora, oito anos depois, já regista no currículo quatro feitos idênticos, fazendo lembrar o 'especialista' em subidas, Vítor Oliveira - contabiliza nove promoções.
"Todos anos tiveram um sabor especial. Foram equipas diferentes, grupos distintos e cada um com a sua história. Felizmente o trabalho tem sido recompensado, mas é algo que acontece naturalmente", começou por contar o técnico, em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, recordando a última temporada, em que conduziu Os Bucelenses à subida da Divisão de Honra da AF Lisboa à Pro-nacional.
"As pessoas são fantásticas, deixam-nos trabalhar à vontade, dão-nos as condições possíveis e nota-se isso à medida que o tempo passa. Cada vez há mais qualidade, mais jogadores e, sobretudo, mais a sobressaírem. Conseguir quatro subidas é incrível, fico satisfeito, o feedback das pessoas tem sido positivo e agora há que continuar a trabalhar porque a nova época está aí à porta", frisou.
Conseguida a promoção, Francisco Roque vai permanecer no clube para, quem sabe, tentar a subida ao Campeonato de Portugal. Tudo dependerá do projeto em si, obviamente, mas da parte do treinador não falta ambição. "Acho que vai ser uma época difícil, já se veem equipas com muita qualidade e é um campeonato exigente. No ano passado tivemos jogadores até aos 25 anos e depois três ou quatro na casa dos 30. Digamos que é um misto. O recrutamento também é difícil, pois as outras equipas começaram a trabalhar muito mais cedo, mas vamos dar o nosso melhor. O objetivo passa por tentar chegar o mais longe possível e sobretudo manter o Bucelas nesta divisão", prometeu o técnico, que enquanto jogador fez dupla com um nome bem conhecido.
Entre 1997 e 2003, Francisco Roque atuou no Vilafranquense e foi lá que construiu uma grande amizade com Rui Vitória. "Ele era bom jogador. Jogava com ele no meio-campo, tinha um bom remate, boa visão de jogo... Mas como treinador é melhor", atira, entre risos, sublinhando: "Chegar ao Benfica e fazer o trabalho que tem vindo a desenvolver não é para todos. Sobretudo é uma excelente pessoa, amigo do seu amigo, humildes e merece todo o sucesso."
Foto do plantel do Vilafranquense de 1998, que contava com Francisco Roque e Rui Vitória.© Facebook
Os tempos com... Marco Silva
No entanto, o agora líder técnico das águias não foi o único a deixar boas memórias em Roque. "Quando o Rui Vitória saiu eu fiquei o capitão, estive lá sete anos, andei mais dois ou três e depois do Daúto Faquirá convidou-me para ir para o Odivelas. Aí, era só craques... Tínhamos uma grande equipa, com jogadores da Seleção Nacional e os resultados falaram por si. Foi lá que joguei com o Marco Silva. Tive muitos bons momentos, fui sempre aquele que ficou a arrasar para subir. Além de termos sido campeões nacionais da 3.ª Divisão lá no Vila Franca, fui ainda vice-campeão e no Odivelas fui três", lembra, admitindo que, se pudesse, voltava atrás.
"Tive várias oportunidades para me tornar profissional, fui adiando e só com 29 anos é que fui para o Odivelas e tive ali quatro aninhos para perceber a diferença entre o futebol amador e profissional. Foi muito bom! Eu muitas vezes digo aos meus jogadores: 'Vocês não digam que não querem ser jogadores de futebol. Ser jogador é fantástico, Claro que na a minha altura era diferente, as condições salariais muito distintas e isso não dá para fazer a vida que eu fazia", acrescenta.
Técnico tem o sonho de chegar ao topo, mas mantém os pés bem assentes no chão.© Facebook
O sonho de chegar o mais longe possível
Apesar de ainda estar no início da carreira de treinador, Francisco Roque tem as ideias bem definidas. Sem pressa, o técnico pretendo tirar o terceiro nível e continuar a evoluir. Quanto a objetivos, é claro: chegar o mais longe possível.
"Ainda sou novo e sinceramente tenho o sonho e a ambição de treinar sempre em cima. Depois disto o Campeonato de Portugal, mais tarde, quem sabe, a Segunda Liga. Vamos ver... Sei que é difícil dar o salto para outros patamares, há treinadores que demonstram qualidade tidas as épocas e não conseguem, mas não vivo obcecado com isso. Faço o meu trabalho, de consciência tranquila, mantenho esse sonho, mas sem pressas. Espero um dia ter uma oportunidade, se a tiver não vou deixar passar como fiz enquanto jogador", assegurou, elegendo, por fim, as suas maiores referências.
"Aprendo todos os dias, em todos os momentos e tento aproveitar tudo para evoluir. A experiência como jogador ajudou, mas quero continuar a formar-me. Aprendi imenso com o Daúto, o Rui Gregório, o António Pereira, o Barão... Enfim, homens do futebol. Claro que o curso é importante, mas é com estas referências que aprendemos verdadeiramente, não só o treino, como o rigor, o foco, etc. São esses valores que levo para a minha carreira."
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