Posicionado entre o Renegade e o Cherokee, o Compass chegou no final de 2017 ao mercado português com um claro toque europeu. A Jeep colocou de parte o lado americano e a segunda geração deste SUV compacto foi aprimorada no seu design exterior e interior, e conta com muito poucos pontos negativos. Antes de falarmos sobre o modelo em si, é preciso realçar que a versão NightEagle testada foi uma novidade lançada pela Jeep no decorrer do ano passado.

A bem da verdade, na nossa viagem pelo Baixo Alentejo, tudo o que esperávamos do Compass foi cumprido. Fácil de conduzir, ótimo para grandes viagens, revelou-se um belo companheiro no asfalto e… fora dele. Apesar de não contar com tração nas quatro rodas, este SUV comportou-se de forma bastante satisfatória por todos os trilhos que passámos. O único percalço aconteceu mesmo... nas portagens. Mas já lhe vamos contar tudo.

Exterior

As mudanças para o seu antecessor são gritantes. Os SUV’s estão na moda não só em Portugal, como na Europa, e como tal a Jeep quis renovar o Compass e conferir-lhe uma imagem que fosse a mais ‘europeia’ possível. Na nossa opinião foi um trabalho bem conseguido pela marca.

Na versão que testámos, a NightEagle, contamos com alguns pormenores que oferecem ao Compass uma personalidade mais vincada. A grelha ‘all-black’ composta por sete entradas de ar combinam na perfeição com as jantes de 18’ escurecidas e com o teto preto que contrasta com a pintura em ‘branco solid’.

As luzes dianteiras são de halogéneo, enquanto as traseiras são compostas por LED’s e no que diz respeito às óticas, as traseiras têm também apontamentos pretos, que condizem com o resto do automóvel. Em suma, trata-se de um SUV ‘musculado’ com uma linha bastante agradável à vista e com mudanças em relação à anterior geração que fazem toda a diferença (para melhor).

© Cardeli Photography

Interior

Espaçoso, bem organizado e confortável. Três características que resumem bem aquilo que é o habitáculo do Jeep Compass. Tudo está onde deve estar – por tudo, entenda-se os botões e comandos do interior – e os materiais são agradáveis ao toque e de boa qualidade. Também não existem ruídos parasitas, o que torna as viagens ainda mais agradáveis.

Quanto ao equipamento disponível destacamos o painel de instrumentos misto (digital e analógico), o volante em pele, os bancos ajustáveis com estofos de ecopele e tecido, e o sistema de áudio com 6 altifalantes. Deixámos de fora o sistema multimédia Uconnect Rádio NAV de 8,4 polegadas com câmara de estacionamento traseira por ser um opcional que custa 1.150€. Mas na nossa opinião é quase um extra obrigatório se quer ligar o seu iPhone ou Android ao Compass.

A parte da frente está bem organizada e oferece ao condutor vários locais de armazenamento que não estão disponíveis em todos os automóveis. Um ponto a mais para o Compass, que traz consigo entradas USB, AUX e uma tomada elétrica auxiliar de 230V. A tecnologia nos dias de hoje está muito avançada, mas levante a mão quem acha que uma tomada elétrica não dá um enorme jeito. Pois… Foi o que pensámos!

© Notícias ao Minuto

Para concluir refira-se que a bagageira tem 438 litros, mas com um pequeno ‘truque’ podemos fazer o espaço crescer para os 468: Há um fundo falso que pode subir ou descer 16cm.

Na estrada

O Compass ensaiado é composto por um motor 1.6 de quatro cilindros em linha, turbo, de 120 cv às 3750 rpm, com um binário máximo de 320 Nm às 1750 rpm. Isto traduz-se numa velocidade máxima de 188 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 10,7 segundos.

Números normais para um SUV deste segmento. Mas relatando o que interessa, vamos à nossa experiência. O Compass prima pela sua versatilidade, o que o torna um automóvel para o dia-a-dia, para grandes viagens, e até para quem gosta de se aventurar um pouco mais em estradas sinuosas e trilhos do campo.

É fácil de conduzir, leve e preciso nos movimentos e na comunicação com o condutor. Não é um SUV feito para grandes velocidades, mas se adotarmos uma postura mais agressiva, ele responde com firmeza. Aliás, achamos que a suspensão tipo McPherson – à frente e traseira - se comporta melhor numa condução mais desportiva, do que numa condução mais tranquila. Algumas irregularidades do piso ficam por absorver.

Por último, mas não menos importante, não pense que nos esquecemos dos consumos. A Jeep assegura consumos combinados a rondar os 4,4. Um número que não nos foi possível atingir. Conduzimos de forma despreocupada e nos mais de 700km realizados, com todo o tipo de condução feita, o nosso consumo foi de 6.5l/100. Afirmamos, no entanto, que se o condutor aplicar uma condução mais preocupada com consumos pode ter números abaixo dos 6l.

Considerações finais

A nova imagem do Compass foi um dos pontos mais positivos. Temos de dar os parabéns à Jeep pelo desenho da linha deste SUV e também pela construção do seu interior. É semelhante ao Cherokee, o que é uma mais valia para quem decidir adquirir este modelo.

O espaço e organização do habitáculo é também um dos pontos fortes do Compass, que só peça pelo único percalço desta viagem: ser Classe 2 nas portagens. Um facto menos positivo para a carteira que, no entanto, pode ser evitado se possuir Via Verde.

Preço

Jeep Compass Sport: a partir de 28.600€

Jeep Compass Longitude: a partir de 31.100€

Jeep Compass Limited: a partir de 33.600€

Jeep Compass NightEagle– versão ensaiada: 42.229,61 €

Fique com todas as imagens deste Jeep Compass NightEagle 1.6 Multijet na fotogaleria que preparámos para si!