Bruno Lage voltou, esta sexta-feira, a desvalorizar a questão do aumento salarial que está, neste momento, a ser analisado pelo Benfica. Em conferência de imprensa, o treinador dos encarnados abordou, ainda, o duelo com o Marítimo, e disse estar preparado para os desafios colocados por José Gomes.
Jogo número 50 no Benfica: É um registo interessante, fica apenas para mim. O mais importante é faze um grande jogo no regresso à nossa casa. É a nossa ambição. Vamos jogar contra um adversário difícil, competente, que trocou de treinador, por isso terá uma motivação extra. Temos que estar ao nosso melhor para vencer e oferecer uma boa exibição aos adeptos.
Benfica não segue em frente na Champions há 3 anos: Desde o início da época que a nossa ambição é construir uma equipa para chegar o mais longe possível e passar a fase de grupos. O que digo aos adeptos é que a todo o momento o treinador tenta colocar o melhor 'onze' para cada jogo, e cada dia trabalhamos de forma séria e honesta para que aquele Benfica que se viu no último jogo seja uma constante, a termos nacionais e internacionais. Tínhamos a esperança de vencer o jogo e prosseguir na competição. Enquanto treinador, quero fazer evoluir a minha equipa.
O que falta para atingir o patamar das últimas épocas: Quando preparo um jogo da Champions não olho para os resultados dos últimos anos, assim como não vou olhar para o facto de o Benfica ter vencido o Marítimo anteriormente nos jogos em casa. Cada jogo tem a sua história. Em função do que nos tem acontecido, após uma boa entrada no campeonato, tivemos um mês e meio em que não temos sido tão consistentes. Temos que procurar que a dinâmica de todos seja a dinâmica da equipa, e que a equipa tenha a consistência da época passada.
Arrependido das escolhas na Champions: Não é questão de arrepender ou não. Podemos perguntar porque A, B ou C jogou neste ou naquele jogo, mas cada momento é diferente. Existem jogadores em melhor forma do que outros. Jogámos com o Gabriel numa posição diferente, antes o Gabriel e o Tino não estavam aptos... Na minha opinião, o melhor 'onze' é aquele que tentamos colocar a cada momento. Quando as coisas não resultam, a nossa intenção é fazer com que resultem. Se os treinadores mais experientes têm aprendizagens ao longo dos jogos e das competições, eu, pela minha forma de trabalhar, a cada jogo que observo estou a aprender.
José Gomes: Temos que olhar para o registo do treinador, quer em termos nacionais, quer internacionais. Temos conhecimento do que fez recentemente no Rio Ave, acompanhámos o que aconteceu no Reading... É um treinador que tem jogado em 4x4x2, em 4x3x3... O importante é entendermos a dinâmica coletiva do grupo, olhar para as caraterísticas dos jogadores e estarmos preparados para o que pode acontecer.
Eliminação da Champions coloca em causa o aumento salarial: Pode ser. Corta-me um bocado do bolo. Em vez de ser um aumento de 4 ou 5 vezes, é só de 1,5. Se você hoje não fizer um bom trabalho não recebe o ordenado por inteiro? Aqui é a mesma questão. A responsabilidade é sempre máxima da minha parte. Têm aqui um homem trabalhador, que chega aqui todos os dias às 8h e sai daqui às 19h ou às 20h. Às vezes os adeptos ficam à minha espera e não me conseguem ver porque estou a trabalhar. Prometo, até ao último dia, ser trabalhador, sério e tomar sempre, convicto, as melhores decisões para o clube.
Gabriel a 6 na Alemanha: A nossa intenção era ter bola e tentar atrair a pressão dos médios contrários para procurar os espaços nas costas. O Gabriel dá-nos maior poder de circulação, juntamente com os dois outros médios. Há situações que não são fáceis de apanhar. Já o vimos a fazer a posição mais vezes, quando procuramos o resultado. O jogador tem as suas competências, mas podemos vê-lo a jogar nessa posição mais vezes.
Seferovic pode regressar: Ainda não.