Na Turquia desde 2013, onde representa, atualmente, o Goztepe, André Castro mostrou-se indignado pelo facto de a liga turca continuar a ser disputada, ainda que sem público nas bancadas.
Numa entrevista concedida ao jornal O Jogo, o médio luso, de 31 anos, teceu duras críticas ao futebol turco, considerando que as medidas contra a propagação do novo coronavírus no país são insuficientes.
"Se as pessoas não podem ir ao estádio, não entendo como estamos a viajar, a ocupar hotéis... Não entendo por que tem de haver jogos. Não apertamos as mãos aos nossos colegas ou aos rivais, mas abraçamo-nos quando fazemos golo", atirou Castro, antes de prosseguir:
"Todos gostávamos de parar o desporto porque diariamente contactamos com 50 pessoas no centro de treinos e isso não é suposto acontecer. Se as escolas estão fechadas, por que não pára o futebol? Vemos quase todas as ligas paradas. Aqui, o desporto tem sido sempre utilizado como uma arma política. Erdogan [presidente da Turquia] está a usar o futebol e os jogadores, mostrando que não existe pânico", defendeu.