A equipa vizelense ocupa o primeiro lugar da série A, com 60 pontos, mais oito do que o segundo classificado, o Fafe, e é a equipa com melhor pontuação de entre as quatro séries do Campeonato de Portugal.
Por esse motivo, e dado que a FPF informou que, em breve, comunicará "os dois clubes que acedem à II Liga", Diogo Godinho entende que o Vizela terá forçosamente de ser uma das duas equipas a subir.
"Não havendo mais jogos, como interpreto do comunicado, é impensável que o Vizela não suba. É uma decisão que nos deixa contentes. Estamos satisfeitos, é uma primeira vitória, um primeiro passo, falta agora FPF anunciar que o Vizela sobe", disse o responsável.
Diogo Godinho, que admitiu que o comunicado federativo "é um alento muito grande" tendo em conta também o investidor chinês que comprou a SAD há dois anos e meio, referiu que "os jogadores, que são todos profissionais, estavam a treinar em casa, mas agora já podem tirar o 'pé do acelerador'".
O dirigente defende que a FPF tem agora outro problema mais preocupante nas mãos, que são os salários dos jogadores, tendo revelado à Lusa que hoje mesmo anunciou aos jogadores que, depois de pago o mês de março, o plantel iria entrar em 'lay-off'.
Também o treinador Álvaro Pacheco entende que o Vizela terá que ser uma das equipas a subir de divisão.
"Não era isto que queríamos, mas tínhamos a certeza que íamos estar no 'play-off' [de acesso à II Liga] e conseguir o nosso objetivo. Acontecendo isto, e não havendo mais jogos, como interpreto do comunicado, não há nada que possa levar a FPF a não incluir o Vizela nesse lote: é a que tem mais pontos [das quatro séries], melhor 'score' e esteve em primeiro desde o início", disse à Lusa.
Para o técnico, dessa forma seria feita "justiça por linhas tortas" não só por esta época, mas pelo percurso das últimas temporadas.
"O Vizela é um clube muito sólido e cumpridor. Tem um projeto e, depois de se cimentar na II Liga, acredito que vai querer apostar na subida à I, é esse a visão do nosso investidor e dos nossos administradores", disse.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil. Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 380 mortes e 13.141 casos de infeções confirmadas, dos quais 196 já recuperaram.