O Watford juntou-se, este sábado, ao Brighton e ao Aston Villa no lote de clubes que recusam que os 92 encontros que restam da atual temporada da Premier League venham a realizar-se em campo neutro, colocando, assim, ainda mais interrogações quanto à retoma da competição.
O objetivo da organização do principal escalão do futebol inglês passava por organizar estas partidas num grupo restrito de oito a dez estádios, de forma a minimizar as viagens e, consequentemente, os riscos de propagar a Covid-19.
No entanto, num artigo de opinião publicado no jornal britânico The Times, Scott Duxbury, diretor executivo dos hornets (atuais 17.º classificados do campeonato britânico), deixou a questão: "Isto é justo? Isto tem qualquer semelhança com integridade desportiva? Claro que não".
"Claro que aceito, absolutamente, que não possamos ter adeptos nos estádios. Isso nem é preciso dizer na atual situação. No entanto, dizem-nos agora que não podemos jogar os restantes jogos em casa, em Vicarage Road, com a familiaridade e vantagem que isso traz", escreve o dirigente.
"Isto contra um cenário de jogadores que, tendo visto as vidas viradas do avesso juntamente com o resto do mundo, são agora esperados que joguem como se nada tivesse acontecido, apesar de o resto da sociedade estar, provavelmente, ainda a lidar com um tipo de restrições impraticáveis num relvado de futebol", prossegue.
"Com todos estes compromissos e riscos de saúde, pedem-nos que terminarmos uma competição que não tem semelhanças com aquela que começámos, que pode acabar com o tempo de um clube pequeno, como o Watford, na Premier League", remata.