"Sabemos que os jogos vão ser à porta fechada e que o público não pode aceder. Aquilo que queremos e tentámos potenciar foi que a entidade governamental pudesse de alguma forma injetar dinheiro nos canais generalistas, para que pudessem adquirir conteúdos junto das operadoras. Assim, as operadoras seriam ressarcidas e poderiam pagar os clubes, fechando este ciclo", afirmou Pedro Proença.
O dirigente máximo da Liga falava aos jornalistas, após uma reunião na Câmara Municipal do Porto com o presidente Rui Moreira.
"É também uma forma de não ter aglomerados à volta dos estádios e assim também proteger as famílias", acrescentou o antigo árbitro.
Questionado sobre a sua continuidade à frente do organismo, com Benfica e Cova da Piedade a abandonarem recentemente a direção da Liga, Pedro Proença lembrou que o "importante agora é retomar as competições".
"Fui reeleito há um ano com 96%. É um momento muito difícil para muitos clubes que estão em sérias dificuldades e necessitam de retomar a sua atividade profissional. Aceitamos com naturalidade as críticas, numa altura que é preciso tomar decisões difíceis. A Liga é dos clubes e o presidente da Liga estará enquanto os clubes quiserem", frisou.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas - Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 4 de junho.
A II Liga ficou de fora da autorização dada pelo plano de desconfinamento do Governo e da Direção-Geral da Saúde para a conclusão da I Liga e da Taça de Portugal de futebol.