"Se não houvesse pandemia, o Benfica chegava às eleições sem dívidas"

Presidente do Benfica afirmou que tinha quase fechadas a vendas de dois atletas por 100 milhões de euros.

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Notícias Ao Minuto
01/06/2020 22:10 ‧ 01/06/2020 por Notícias Ao Minuto

Desporto

Luís Filipe Vieira

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, revelou esta segunda-feira em entrevista à BTV que o clube da Liz não tem necessidade de vender jogadores devido à pandemia de Covid-19, sublinhando ainda que a crise pandémica impediu dois negócios que colocariam quase 200 milhões de euros nos cofres encarnados.

"Não, nunca iremos vender ao desbarato. Os jogadores do Benfica têm um preço e temos de respeitar. O Benfica terá de recorrer ao mercado de empréstimos, se tiver de ser um, ou dois, será para estar no mercado a sério. Ainda há pouco tempo pagámos 75 milhões de euros de um empréstimo obrigacionista. O que estava planeado para este ano não vamos conseguir fazer. Mas temos de saber como vamos continuar a ser autónomos. Mas não estou a ver vender um jogador a um baixo preço, temos de criar outras fontes de receita, e a única solução seria criar mais dívida ao Benfica. A solução ideal é não haver mais paragens de campeonato. Hoje não podemos planear nada a um mês de distância, é ao dia a dia. Temos de saber movimentar e temos dado respostas em todo o lado", começou por dizer o líder das águias.

"Neste momento não há um clube do Mundo que esteja desafogado. Estamos preparados para os próximos seis meses, mas o mais importante é estar capitalizado, é ter dinheiro. Não queremos incumprir com ninguém. O Benfica não pode incumprir, mesmo que o façam connosco. Já passámos por uma crise gravíssima no Benfica mas fomos capazes de vencer. As nossas duas principais fontes de receita são a venda de jogadores e as competições europeias. Se não houver competições europeias, vai ser um problema gravíssimo. Se houver quebras de receitas, temos de ir à dívida para continuar. Em situações normais, sempre mostrámos ter condições muito fortes para recuperar. O Benfica já perdeu 20 a 25 milhões com a crise", acrescentou.

O líder dos encarnados realçou que o clube pretende superar esta crise sem despedir ninguém ou reduzir salários. 

"A crise é muito profunda, neste país e no mundo, mas baixar ordenados e tirar vencimentos não está nos nossos planos. Não está no horizonte despedir pessoas. Para chegar aqui foi com o grupo todo, todos profissionais, somos um clube respeitado e reconhecido na Europa pela competência. Não existe nada que nos diga que amanhã vamos entrar em lay off. Não faremos. Temos de começar a gerir Benfica, antes fazíamos planos dois/três anos, não sei se paramos o campeonato daqui a 10 dias, não sei se há competições europeias. É dia a dia, sabemos o que valemos e em condições normais recuperamos sempre. O importante é o Benfica ter tesouraria para dar sustentação", afirmou.

Pandemia evitou duas vendas milionárias

O presidente do Benfica revelou ainda que rejeitou em janeiro uma proposta de 60 milhões de euros por Carlos Vinícius, e deu ainda a entender que a pandemia evitou dois negócios de muitos milhões de euros.

"O Benfica é dos clubes mais respeitados do Mundo e continuará a ser. À data de hoje, o Benfica não precisa de vender qualquer jogador. Daqui a dois ou três meses, já não sei. Propostas? Só tive uma, de 60 milhões de euros, pelo Vinícius em janeiro. Não vale a pena estarmos a especular porque não sabemos como vai ser o dia a dia. O Benfica, se não fosse a pandemia, tinha praticamente vendidos dois jogadores por 100 milhões de euros cada um. Agora é impossível", atirou, antes de revelar que se não fosse a pandemia o clube da Luz chegaria às eleições de outubro sem dívidas.

"Se não houvesse este caso que há de saúde os benfiquistas iam ter uma grande surpresa. Provava a toda a gente que poderia chegar ao dia das eleições e dizer que o Benfica hoje pode dar-se ao luxo de dizer que não deve nada a ninguém e está tudo pago", concluiu.

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