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"A partir do momento em que seja presidente, Jesus será o meu treinador"

Em entrevista à Lusa, o candidato da lista D à presidência do Benfica nas eleições de quarta-feira apontou a construção de uma equipa capaz de vencer a Liga dos Campeões como um dos pilares do seu programa, alicerçada na formação -- mas não resumida a ela -, sem retirar espaço ao ecletismo.

"A partir do momento em que seja presidente, Jesus será o meu treinador"
Notícias ao Minuto

07:15 - 27/10/20 por Lusa

Desporto Rui Gomes da Silva

Rui Gomes da Silva não teria escolhido Jorge Jesus, mas quer oferecer todas as condições ao atual treinador da equipa de futebol para conquistar o ambicionado título de campeão europeu, se for eleito presidente do clube lisboeta.

Em entrevista à Lusa, o candidato da lista D à presidência do Benfica nas eleições de quarta-feira apontou a construção de uma equipa capaz de vencer a Liga dos Campeões como um dos pilares do seu programa, alicerçada na formação -- mas não resumida a ela -, sem retirar espaço ao ecletismo.

"Não seria o meu treinador, mas a partir do momento em que está escolhido, e porque o Benfica nos próximos anos vai ter gravíssimas dificuldades financeiras, seria uma coisa perfeitamente sem justificação substituir o treinador. A partir do momento em que eu seja presidente do Benfica será o meu treinador", sustentou.

Resignado à escolha "legítima" de Luís Filipe Vieira, que preside o Benfica desde 2003, numa direção da qual Gomes da Silva foi vice-presidente entre 2009 e 2016, o líder da lista D espera proporcionar a Jorge Jesus "todas as hipóteses (...) para que seja candidato a um título europeu", que escapa aos 'encarnados' há quase 60 anos.

"E não é um título menor", advertiu, observando que, para o conseguir, o Benfica necessita de "um plantel adaptado às suas realidades e necessidades", com "níveis de vencimentos naqueles que são o núcleo duro da equipa principal iguais às equipas europeias": "Partindo desse pressuposto é possível construir uma equipa campeã europeia".

O Benfica conquistou duas Taças dos Campeões Europeus, antecessora da Liga dos Campeões, em 1961 e 1962, tendo depois sido finalista vencido por cinco vezes, a última das quais há 30 anos (1963, 1965, 1968, 1988 e 1990).

Um ciclo que Gomes da Silva pretende quebrar, apoiado na formação do clube -- "mas que não chega" --, e em uma política de contratações articulada com o treinador. "[Jorge Jesus] Queria Rúben Semedo ou Lucas Veríssimo, que, em conjunto, custavam o mesmo valor que custou Otamendi. O que é que presidente do Benfica fez: comprou o central que ele não queria", argumentou.

A "obrigatoriedade" da candidatura ao principal título europeu passa ainda pela manutenção dos futebolistas mais influentes - "tendo menos jogadores, posso aumentar os vencimentos daqueles jogadores que considero fundamentais" -, o que significa o fim da parceria estratégica com o empresário Jorge Mendes.

"O Benfica não tem nenhuma razão para ter uma parceria estratégica, porque o Benfica não é um clube de venda. O Benfica não pode estar permanentemente a vencer os seus melhores ativos", defendeu Gomes da Silva, criticando o empréstimo de Tiago Dantas ao Bayern Munique: "Qualquer pessoa que seja do Benfica se indigna e se questiona como é que o Benfica se prestou a esta vassalagem, a este negócio, que é vergonhoso, com Jorge Mendes".

Também em duas das principais modalidades, o futsal e o hóquei em patins, o clube da Luz "tem de ser sempre candidato a ser campeão europeu", e "em relação ao basquetebol, andebol e voleibol o Benfica tem de dar passos no desenvolvimento desses planteis no sentido de se aproximar da realidade destes desportos a nível europeu".

"Retorno do ciclismo. Fundamental. Com meios próprios, sem onerar, como penso que deve ser esse o princípio, as modalidades não podem onerar o futebol. Não pode haver dinheiro do futebol para as modalidades, tem de haver é dinheiro do negócio a ser canalizado para o futebol", assinalou.

Gomes da Silva reclama um "reinvestimento" no futebol feminino, que não pode ser tratado "como um parceiro pobre" e deve ter presença mais assídua na grande sala de visitas do clube, o Estádio da Luz, considerando que o setor "vai ser um vetor fundamental do desenvolvimento do Benfica".

"A diferença entre o futebol feminino português e o futebol europeu é muito menor do que o futebol de homens, o que significa que com um pequeno investimento o Benfica poderá ter uma grande equipa de futebol feminino, candidata a ser campeã europeia", notou.

Rui Gomes da Silva, de 62 anos, líder da lista D, é um dos quatro candidatos à presidência do Benfica, nas eleições para os órgãos sociais marcadas para quarta-feira, nas quais terá como adversários Luís Filipe Vieira (lista A), João Noronha Lopes (lista B) e Luís Miguel David (lista C), em substituição de Bruno Costa Carvalho.

O ato eleitoral vai decorrer entre as 08:00 às 22:00 horas, no Pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa, e em 24 casas do clube.

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