O Benfica caiu na final four da Taça da Liga perante o Sp. Braga (1-2) na noite de quarta-feira. As águias, com sete jogadores de baixa por estarem infetados pelo novo coronavírus, não conseguiram contrariar a eficácia dos minhotos e foram afastados da final que será, no sábado, disputada por Sporting e... Sp. Braga.
Num jogo bem disputado em Leiria, o jogador em maior destaque acabou por ser Ricardo Horta. O camisola 21 do Sp. Braga não marcou, mas foi dos pés dele que nasceram os dois golos minhotos.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Com Horta fica tudo mais fácil. O jogador de 26 anos é peça basilar neste Braga e a noite de ontem ajudou a perceber o porquê. Horta até nem esteve particularmente inspirado, mas conseguiu assistir para os dois golos: Abel Ruiz e Tormena agradeceram. Os grandes jogadores aparecerem nos grandes jogos e Ricardo Horta deixou uma marca bem saliente no duelo com o Benfica.
A surpresa
Sem Grimaldo e sem Nuno Tavares, Jorge Jesus apostou na adaptação de Cervi para a lateral esquerda. Claro está que a defesa a três, com Weigl a encaixar na dupla Todibo e Jardel, soltou o argentino de algumas tarefas defensivas, mas nem por aí se poderá deixar de dar mérito a Cervi. Correu, combinou, cruzou e procurou ser sempre uma solução no ataque e na defesa. No final ainda foi elogiado por Jorge Jesus.
A desilusão
Todibo até começou o jogo a dar boas indicações, mas ficou mal na fotografia dos dois golos. Além disso foi ele quem cometeu a falta que originou o livre que resultou no primeiro golo arsenalista. Mostra ter falta de ritmo competitivo e foi sem surpresa substituído na segunda parte.
Carlos Carvalhal
Apostou num onze recheado de jogadores de qualidade e que sabem exatamente aquilo que têm de fazer em campo. Ao longo da partida, foi mexendo mas nunca perdeu a filosofia de jogo que tanto defende. Ainda conseguiu dar minutos a Paulinho, o que poderá indicar uma titularidade na final desta prova contra o Sporting.
Jorge Jesus
Perante tantas ausências - sete por Covid-19, mais o lesionado André Almeida - era evidente que o Benfica iria sentir dificuldades. Ainda assim, as águias parecem estar num nível superior nos primeiros 45 minutos, mas tal deixou de acontecer a partir dos 60 minutos. A ausência de algumas peças essenciais no onze ajuda a explicar a derrota, embora não seja justificação absoluta.
O árbitro
Fábio Veríssimo moderou um jogo com alguma intensidade, mas soube agarrar os jogadores nos momentos de maior tensão. No lance do golo anulado a Fransérgio decidiu bem, mas poderia ter mostrado um segundo cartão amarelo a Weigl. Noite atribulada em Leiria.