Paulo Fonseca concedeu, esta quinta-feira, uma entrevista ao jornal francês L'Équipe, na qual falou sobre o regresso a França para rumar ao comando técnico do Lyon, assumindo que deveria ter feito uma pausa após o despedimento do AC Milan.
"Entre o Milan, onde fui demitido a meio da temporada pela primeira vez na minha carreira, e o Lyon, não tive descanso. Não imaginam a pressão que é treinar o Milan. Se calhar, devia ter feito uma pausa depois do Milan, mas não quero dar desculpas", começou por considerar, falando ainda do castigo de nove meses de suspensão a que está sujeito dentro das competições internas francesas.
"É muito difícil estar longe do relvado, longe dos jogadores, longe dos momentos importantes no balneário antes do jogo. Organizamos as coisas, mas é totalmente diferente viver esses momentos com os jogadores, poder motivá-los ao vivo e, sobretudo, poder atuar ao intervalo (...) Fortaleceu o grupo e a sua vontade de lutar. Uniu o balneário. E as pessoas do clube também estão mais unidas", prosseguiu o treinador português.
"Tenho de pagar, mas tenho de pagar pelo que fiz: gritar na cara do árbitro. Ninguém pode dizer que fiz mais do que isso. Na minha opinião, paguei pelo contexto. Quiseram fazer de mim um exemplo em relação ao que o futebol francês estava a viver na altura em termos de arbitragem. Muitas pessoas falaram sobre o assunto, não pessoas do futebol, mas políticos, e nós sentimos a pressão", finalizou Paulo Fonseca.
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