O jornal espanhol infoLibre publica, esta quarta-feira, novos documentos que reforçam as dúvidas quanto à atuação de Cristiano Ronaldo e Real Madrid perante as autoridades fiscais entre 2009 e 2018, período ao longo do qual ambos mantiveram ligação.
Os documentos em causa, obtido pelo Football Leaks, apontam para duas cartas redigidas pela direção liderada por Florentino Pérez que 'blindavam' o contrato do internacional português do Fisco.
Significa isto que, fosse qual fosse a carga fiscal aplicada pelo Estado espanhol, o agora jogador da Juventus manteria sempre o mesmo ordenado líquido, algo que vai contra o Estatuto dos Trabalhadores e que é punível por lei.
O avançado formado no Sporting não terá, de resto, sido o único a pedir este tipo de garantias ao clube. Jogadores como Gareth Bale também o terão requerido, mas este terá sido o único caso em que os responsáveis acabaram por ceder.
Cristiano Ronaldo, recorde-se, declarou-se culpado de quatro delitos de fraude fiscal em 2019, por fuga aos impostos entre 2010 e 2014, que defraudaram o Estado espanhol em cerca de 5,7 milhões de euros, acabando por pagar uma multa de 19 milhões de euros.
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