"É óbvio que esses Europeus foram muito importantes e são sinal da qualidade da nossa formação, mas esta geração não se apurou para a fase a eliminar do Mundial de sub-20. Tudo ajuda, sendo que é a confiança é sempre maior quando ganhamos", referiu à agência Lusa o diretor das seleções jovens da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Com aposta vincada na geração nascida em 1999, a equipa das 'quinas' chega ao principal evento de seleções de sub-21 notabilizada pelas conquistas em sub-17, em 2016, e sub-19, em 2018, num escalão em que sagrou vice-campeã no ano seguinte.
"Hoje em dia são jogadores de futebol sénior e isso difere muito do que é a formação. Muitos deles jogam em grandes equipas, não só a nível nacional, como internacional. Portanto, são jogadores com uma experiência totalmente diferente e têm estado a protagonizar temporadas excelentes nos seus clubes", considerou Pedro Pauleta.
Desvalorizando comparações entre o atual grupo de 23 convocados por Rui Jorge com outras gerações recentes no escalão de sub-21, o dirigente recordou "ter apanhado gerações muito boas e com nomes de muita qualidade" desde que assumiu funções.
"As equipas são quase sempre iguais, apesar de os jogadores serem diferentes. Só que essa diferença não se nota muito, porque o facto de terem o Rui como treinador e a forma como ele coloca as suas equipas com a mesma vontade de atacar e de jogar um futebol atrativo faz com que os atletas tenham quase todos a mesma mentalidade", enquadrou.
Pedro Pauleta acredita que as vivências acumuladas ao longo da última década pelo selecionador de sub-21, com quem partilhou balneário em três fases finais seniores (Euro2000, Mundial2002 e Euro2004), poderão constituir mais-valias para Portugal.
"O Rui Jorge foi adquirindo essa experiência aqui com todos os jogadores que passaram pelas mãos dele. É uma pessoa de enorme tranquilidade e passa isso às suas equipas. E, claro, já são muitos anos e vários Europeus. Este grupo conhece bem a equipa técnica e está bastante unido. Acreditamos muito que vamos fazer uma boa prova", apontou.
Resultados à parte, o segundo melhor marcador de sempre da seleção 'AA' deseja ver o conjunto nacional fiel aos princípios apresentados nos Europeus de sub-21 de 2015, quando foi vice-campeão europeu, e 2017, penalizado com a saída na fase de grupos.
"As suas equipas têm demonstrado uma qualidade de jogo muito boa, postura ofensiva e muito respeito pelos oponentes e entre os jogadores. É uma equipa alegre e que joga de forma muito agradável. Esse é o objetivo: aproveitar cada momento em que os jogadores estão connosco para desfrutar deles e fazer honrar o nome de Portugal", finalizou.
Portugal arranca na quinta-feira a oitava participação na fase final de um Europeu de sub-21, que integrará pela primeira vez 16 seleções e será disputado entre Hungria e Eslovénia num formato inédito, com a fase de grupos a decorrer de 24 a 31 de março.
Portugal vai realizar os três jogos do Grupo D na Eslovénia e estreia-se frente à Croácia na quinta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), em Koper, antes de rumar à capital Ljubljana para medir forças com a Inglaterra, no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), e a Suíça, em 31 de março, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa).
Finalista vencida em 1994 e 2015, a equipa das 'quinas' terá de ficar numa das duas primeiras posições do Grupo D para entrar na ronda eliminatória (quartos de final, meias-finais e final), destinada às oito melhores seleções, entre 31 de maio e 06 de junho.