O Benfica venceu, esta segunda-feira na Luz, o Marítimo pela margem mínima (1-0), em jogo da 25.ª jornada da I Liga. Num jogo que ficou marcado pela primeira grande penalidade assinalada a favor das águias, esse lance acabou por ser crucial.
Waldschmidt, chamado à conversão, não falhou da marca dos 11 metros e marcou aquele que viria a ser o único golo do jogo.
O Benfica dispôs de várias oportunidades, mas, ou por pontaria desafinada, ou por enormes intervenções de Amir, guarda-redes do Marítimo, colocou-se a jeito de sofrer até final. E foi isso mesmo que aconteceu.
O Marítimo não baixou os braços e procurou sempre chegar ao empate, perante um Benfica muito perdulário. Num jogo que poderia ter dado goleada para a equipa da casa, o muro 'Amir' deixou sempre uma réstia de esperança para os insulares. Ainda assim, a equipa de Julio Velázquez não conseguiu chegar ao golo, mas mostrou neste jogo que tem o que é preciso para se manter no principal escalão do futebol português.
Figura
É certo que o Marítimo não levou qualquer ponto para a Madeira. No entanto, a derrota podia ter sido bem mais dilatada se Amir não estivesse em campo. O guarda-redes da equipa insular fez uma exibição de gala e evitou vários golos da formação da Luz. Não foi apenas um ou dois lances, não. Amir encheu a baliza e evitou várias vezes o golo. Só sofreu mesmo de grande penalidade.
Surpresa
Não colocando Rafa na figura deste jogo, o ‘27’ das águias tem que ser destacado de outra forma. Longe de ser uma surpresa, esta segunda-feira foi sempre o grande motor da equipa do Benfica. As suas acelerações foram desconstruindo uma defesa do Marítimo bem organizada. Esteve ligado ao primeiro golo das águias, ao sofrer a primeira grande penalidade do Benfica esta época na I Liga.
Desilusão
O homem golo do Benfica teve uma fim de tarde/noite muito desinspirado. Haris Seferovic não se pode queixar de falta de oportunidades, mas sim de falta de acerto, tanto nos seus cabeceamentos, como no seu pé esquerdo. Foram várias as chances que o suíço teve para marcar, mas ou falhou o alvo, ou perdeu o duelo frente a Amir.
Jorge Jesus
Garantiu que o Marítimo ia jogar num 5x4x1, mas apenas acertou na defesa a cinco dos insulares. A estratégia surtiu efeito, mas esbarrou quase sempre num Amir inspirado. Deveria ter mexido mais cedo no meio-campo. Taarabt era já um elemento com pouco rendimento a partir dos 60 minutos e o técnico poderia dar outra frescura ao ‘miolo’ da equipa.
Julio Velázquez
Se muitos pensaram que o Marítimo ia à Luz estacionar o autocarro, rapidamente tiraram essa ideia da cabeça. A equipa madeirense apresentou-se muito bem organizado num 5x3x2 e a ocupar muito bem o espaço. O Benfica conseguiu aparecer várias vezes com perigo, mas por mérito da equipa encarnada e não por demérito dos insulares. O Marítimo jogou com atitude e o técnico espanhol pareceu o principal 'culpado' por essa injeção de vontade.
Árbitro, Luís Godinho
Ficará ligado ao primeiro penálti assinalado esta temporada ao Benfica na I Liga. Arbitragem sem grandes sobressaltos. Zainadine pediu grande penalidade na 1.ª parte, mas Godinho mandou seguir e foi a decisão mais acertada.