Pinto da Costa voltou, esta quarta-feira, a visar o Governo por conta daquilo que considera ser "a diferença de critérios e perseguição ao futebol". O presidente do FC Porto elogia a forma como o clube acolheu a final da Liga dos Campeões, registada no passado sábado, mas não entende o porquê dos jogos das competições nacionais não contarem com público nas bancadas.
"Parece, no entanto, que o Governo português não conhece a capacidade de organização dos clubes nacionais ou não confia neles. Para um jogo internacional, mesmo realizado em Portugal, foi autorizada a presença de 14 mil adeptos nas bancadas. Se em causa estivesse um encontro da Liga portuguesa ou da Taça de Portugal, o estádio estaria vazio", começou por escrever Pinto da Costa, no editorial da revista Dragões do mês de junho, prosseguindo.
"É verdade que não faltaram alternativas aos nossos adeptos. Se quisessem, podiam ir aos milhares para o Pavilhão Super Bock assistir aos concertos. Se morassem em Lisboa, podiam ir a uma praça de touros participar em espetáculos de comédia", ironizou o presidente do FC Porto.
Pinto da Costa voltou, também, a pedir explicações ao primeiro ministro António Costa e espera por demissões.
"Se alguém tiver alguma explicação, agradecia que ma enviasse, porque ninguém entende esta diferença de critérios e esta perseguição ao futebol. Se não houver explicações, como já disse publicamente, não resta alternativa aos responsáveis por isto: têm de ser demitir ou ser demitidos. E se os seus superiores não tiverem competência ou coragem para fazê-lo, também não têm outra saída que não seja o abandono de funções. O hábito de as culpas morrerem solteiras é uma das principais causas do atraso de Portugal em tantos domínios", remata o líder máximo do FC Porto.
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