João Noronha Lopes, candidato derrotado nas últimas eleições do Benfica, concedeu esta sexta-feira uma entrevista à TVI, na qual analisou a atualidade do clube da Luz, nomeadamente a detenção de Luís Filipe Vieira.
O empresário assumiu que esperava que Vieira renunciasse ao cargo de presidente do clube da Luz, e sublinhou ainda que Rui Costa, o novo líder dos encarnados, não tem capacidade para ser presidente do Benfica.
"Vivemos o momento mais negro da história. É chocante que depois de Vale e Azevedo estejamos a passar por uma fase destas. Foi com orgulho que participei na Direção de Vilarinho. Não é altura de fações, estamos todos unidos na dor e indignação. Deve haver sentido de responsabilidade e esperança no futuro", começou por dizer Noronha Lopes.
"As condições à volta do clube são de grande gravidade. O que já se sabe do processo já devia ter levado Vieira a renunciar ao cargo. Acho escasso, esperava mais, esperava essa renúncia", acrescentou.
O antigo candidato à presidência do Benfica falou ainda da nomeação de Rui Costa para o cargo de presidente do clube da Luz.
"É o momento mais negro da história, temos de estar unidos na exigência para o Benfica e para os nossos dirigentes. O fim de Vieira é o fim de um ciclo e portanto a mudança no Benfica tem de ir muito para além dos arguidos deste processo. Na minha opinião, Rui Costa não tem condições para ser presidente do Benfica. Em primeiro lugar, e isto já foi referido pelo professor Rui Pereira, presidente da mesa da Assembleia Geral e que saiu em litígio com o clube, não há legitimidade moral nem ética de Rui costa ou de qualquer outro membro da direção para assumir o cargo do Benfica num regime que é essencialmente presidencialista. As pessoas votaram num presidente e portanto…", atirou.
"Este ciclo de Vieira têm várias pessoas presentes agora e não devem iniciar este ciclo desta forma. Devem ir a eleições e serem sufragados. Temos duas situações: situação corrente do clube e a mais duradoura. Espera-se que no curto prazo o clube seja gerido de modo responsável. Não se pode sair no meio do empréstimo obrigacionista e a nova época deve ser preparada. Tudo deve ser assegurado agora, a formação, a época de futebol e as modalidades. Naturalmente, as sociedades têm de ser geridas no imediato. É importante que o empréstimo corra bem e que sejam dadas garantias de estabilidade a investidores e aos funcionários do clube", concluiu.
Leia Também: "O meu foco e o meu lema será sempre ganhar"