O halterofilista ugandês Julius Ssekitoleko que esta sexta-feira foi dado como desaparecido pelas autoridades japonesas, a dias do arranque de Tóquio2020, fugiu para começar uma vida nova no Japão.
Esta nova versão é contada por funcionários das instalações onde está sediada a comitiva do Uganda. Citados pela agência noticiosa japonesa Kyodo, este funcionários garantem que o atleta, de 20 anos, deixou escrita uma nota no quarto onde estava hospedado, na qual explicava que não queria regressar ao Uganda pelas difíceis condições de vida no país africano.
Na mesma nota, o halterofilista pediu que os membros da delegação do Uganda entregassem os seus pertences à sua mulher quando regressassem ao continente africano.
A última vez que Julius Ssekitoleko foi visto em Izumisano, cidade japonesa onde o grupo do Uganda se encontra instalado, foi, segundo contam as autoridades, por volta da meia noite de quinta-feira para sexta-feira.
Ainda de acordo com a agência Kyodo, o halterofilista abandonou o hotel sem avisar ninguém e, na madrugada de sexta-feira, comprou um bilhete de comboio para Nagoya, a uns 200 quilómetros de distância.
O paradeiro de Julius Ssekitoleko ainda é incerto, mas um representante da delegação do Uganda conseguiu contactá-lo por telefone na tarde de sexta-feira.
Ssekitoleko viajou como reserva para o Japão e na esperança de assegurar uma vaga via quota continental, mas preparava-se para regressar ao país natal após ver gorado o 'sonho'.
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