Sem espinhas. Não há melhor expressão possível para caraterizar a forma como o Sporting levou de vencida o Belenenses SAD, no estádio de Alvalade, por 2-0, em partida integrada na terceira jornada do campeonato português.
Os campeões nacionais em título impuseram-se desde o primeiro instante diante de um adversário sempre muito apático e desorganizado, pelo que o triunfo só pode merecer alguma contestação ao nível do escasso número de golos que os homens de Rúben Amorim conseguiram traduzir em golos.
O primeiro tento da noite teve lugar logo aos sete minutos, quando Rúben Vinagre desferiu um cruzamento 'teleguiado', que Gonçalo Inácio desviou para o fundo das redes, e o segundo aos 48, fruto da 'teimosia' de João Palhinha, que, à segunda, bateu Luiz Felipe.
Pelo meio, houve uma autêntica 'avalanche' de oportunidades desperdiçadas, especialmente, por Paulinho, que, pese embora tenha assinado mais uma boa exibição de leão ao peito, acabou por se mostrar de pontaria desafinada, o que foi alimentando a esperança adversária.
Com este triunfo, o Sporting passa a somar nove pontos, o que lhe permite voltar a 'colar-se' ao Benfica na liderança do campeonato português. Já o Belenenses SAD, continua sem qualquer ponto somado, pelo que é último classificado, na companhia do Famalicão.
Figura
Rúben Amorim tem uma valente ‘dor de cabeça’ em mãos, já que, ao mesmo tempo que Nuno Mendes vai recuperando de lesão, Rúben Vinagre vai jogando cada vez melhor. Desta feita, foi uma constante fonte de perigo a partir da ala esquerda. Assistiu Gonçalo Inácio para o primeiro golo da noite e conquistou a falta que culminou no segundo, de João Palhinha.
Surpresa
A inclusão de Nuno Santos em detrimento de Jovane Cabral foi a principal novidade promovida por Rúben Amorim, e o avançado ex-Rio Ave fez questão de corresponder em pleno à confiança. Entrou muito bem no jogo, combinou bem com Rúben Vinagre, colocou agressividade no lado esquerdo e ainda arrancou uma série de cruzamento perigosos.
Desilusão
Uma distinção que só pode ir para Afonso Taira. O médio entrou para o lugar de Trova Boni, aos 73 minutos, e, 15 minutos depois, recebeu ordem de expulsão, devido a uma entrada muito feia sobre o calcanhar de João Palhinha. Qualidade técnica não lhe falta, mas o erro foi imperdoável.
Treinadores
Rúben Amorim: Surpreendeu ao lançar Luís Neto e Nuno Santos no onze titular, mas o desempenho de ambos os jogadores só lhe veio dar razão. O Sporting assinou uma exibição de grande qualidade, nunca viu a vitória colocada em causa e só mesmo por falta de pontaria não garantiu a tranquilidade logo na primeira parte.
Petit: Uma exibição fraca, muito fraca do Belenenses SAD. Os visitantes preocuparam-se, acima de tudo, em defender, mas a organização revelou-se um verdadeiro 'castelo de cartas', que o Sporting conseguiu derrubar vezes sem conta ao mínimo 'sopro'. O treinador português tem muito trabalho pela frente...
Árbitro
Uma noite relativamente tranquila de Manuel Oliveira, que apenas se viu confrontado com três decisões de difícil análise. Na primeira, acertou ao não assinalar penálti por mão na bola de Diogo Calila na área do Belenenses SAD. Na segunda, fica a dúvida se Paulinho não foi 'ensanduichado' por Cafú Phete e Diogo Calila. E, na terceira errou ao não exibir, imediatamente, o cartão vermelho a Afonso Taira, por falta sobre João Palhinha. Valeu a intervenção do VAR, que corrigiu a decisão.
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